Será realizada na segunda-feira, 17, uma mobilização regional organizada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) e pela Regional Sindical do Baixo Jacuí e Vale do Rio Pardo, com o principal intuito de reivindicar soluções para assuntos que afetam a agricultura familiar, como os impactos da estiagem, a renegociação de dívidas e mudanças no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).
Para isso, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Venâncio Aires está organizando uma excursão para levar o máximo de pessoas à mobilização. A expectativa do presidente do STR, Luciano Walker, é de que cerca de 100 agricultores participem da atividade. “Alguns produtores irão de tratores, outros de ônibus, disponibilizado pelo STR, e também com seus próprios carros. Faremos uma caminhada no centro de Passo do Sobrado como forma de pedir ao Governo Federal uma maior atenção ao agricultor que sofreu com as mudanças climáticas nos últimos anos”, comenta Walker.
Ele ressalta que o ônibus será gratuito e que as inscrições podem ser feitas até as 18h de hoje, pelo telefone (51) 3741-7560, ou presencialmente na entidade, localizada na rua Osvaldo Aranha, 181. A excursão partirá às 7h30min em frente ao STR, e a mobilização terá início às 8h em Passo do Sobrado.
Luciano Walker e o tesoureiro da entidade, Gilmar de Oliveira, o Gica, participaram do programa jornalístico Terra em Uma Hora, da Rádio Terra FM 105.1, nesta sexta-feira, onde falaram sobre a organização da caminhada e a expectativa para a mobilização.
“Esperamos que seja um movimento expressivo, com a presença de lideranças estaduais e com a força da agricultura familiar. A estiagem persiste há três ou quatro safras. Vamos solicitar soluções futuras, como a construção de reservatórios de água e a ampliação da infraestrutura de irrigação, pois isso é fundamental. Precisamos que o governo nos apoie na resolução desses problemas, especialmente para o pequeno agricultor”, comenta Gica.
Walker ressaltou que, mesmo que a próxima safra seja cheia, ainda haverá produtores que não conseguirão pagar seus compromissos devido às dívidas acumuladas. “Nossa proposta ao governo é a definição de uma taxa de juros fixa de 4% para o pagamento das dívidas relacionadas ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), possibilitando que o agricultor tenha condições de trabalhar, liquidar seus compromissos e continuar produzindo alimentos de maneira justa para o consumidor”, finaliza.