Alunos organizam mobilização por falta de servidores no Colégio Poncho Verde, em Mato Leitão

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Estudantes do Colégio Estadual Poncho Verde organizam para a próxima terça-feira, 3 de setembro, uma mobilização para cobrar mais servidores para atuarem na limpeza e preparação da merenda escolar. Segundo uma das líderes do ato, Ketley Maiquele Jung, 18 anos, os alunos estão produzindo cartazes e pretendem realizar uma caminhada na terça-feira, a partir das 7h35min, horário que inicia a aula. “Em forma de protesto pela precarização de funcionários do Colégio Estadual Poncho Verde”, informa.

Ketley é aluna do 3º ano da instituição de ensino e relata que, há um mês, a escola está sem funcionários para preparo da merenda e da limpeza. “Professores estão deixando de exercer sua função para cozinhar, para os alunos terem com o que se alimentar, e fazendo a limpeza na escola para que possamos ter condições humanas para o estudo”, menciona.

De acordo com ela, a intenção é que a caminhada inicie em frente ao Colégio Poncho Verde e siga em direção ao Centro Administrativo. “Para que as pessoas dos comércios possam ver nossa luta”, afirma. A organização da mobilização está a cargo da turma 301, mas outras séries também estão apoiando. Segundo Ketley, se todos os alunos do Ensino Médio do turno da manhã concordarem com o protesto, cerca de 50 estudantes participarão da mobilização.

O que diz a direção

Contatado pela reportagem da Folha do Mate, o diretor do Colégio Poncho Verde, Paulo Ricardo Heinen, confirmou que há problemas com o quadro de servidores para atuarem no preparo da alimentação dos alunos e na limpeza da escola. Segundo ele, a 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE) já foi comunicada sobre a situação.

De acordo com o diretor, o educandário, que atende do 1º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, inclusive com aulas à noite, tem direito a três servidoras para trabalhar com a merenda e duas serventes para a limpeza. Há duas semanas, entretanto, eram apenas duas funcionárias, que se dividiam entre a merenda e a limpeza, e nesta quinta e sexta-feira, dias 29 e 30, a escola ficou sem servidores para essas tarefas.

Segundo Heinen, a diminuição no quadro está relacionada ao pedido de exoneração e licença-saúde de funcionários que exerciam as funções. Para dar conta da demanda, professores e integrantes da equipe diretiva estão auxiliando nos serviços. Na segunda-feira, 2 de setembro, uma das servidoras que estava afastada deve retornar ao trabalho para atuar no preparo da merenda, mas não há previsão da volta de outros funcionários.

O diretor assegurou que a situação não tem atrapalhado a manutenção das aulas. “Mobilizamos a equipe diretiva, servidores da secretaria e professores que estão em hora-atividade. As aulas não vão parar”, garantiu. Ele também mencionou o sentimento de frustração pela grande burocracia para resolver a situação. Ainda segundo ele, a 6ª CRE informou que não há ninguém na lista para contrato e que a cota de funcionários terceirizados está esgotada. A escola também estuda a possibilidade de contratar uma empresa para fazer uma limpeza geral na instituição de ensino.



Taís Fortes

Taís Fortes

Repórter da Folha do Mate responsável pela microrregião (Mato Leitão, Passo do Sobrado e Vale Verde) e integrante da bancada do programa jornalístico Terra em Uma Hora, da Terra FM

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