Angélica e Natan: parceiros de vida e colegas de profissão como técnicos em Agropecuária

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Muitas são as semelhanças entre os namorados Angélica Alice da Silva e Natan Ferreira, ambos de 22 anos. Embora suas trajetórias de vida sejam diferentes, os dois são filhos de agricultores. Eles se conheceram ainda na infância, pois seus pais, Lauri e Silvane da Silva, e Célio e Elisete Ferreira, eram amigos. Chegaram até a fazer juntos um curso de danças gaúchas. Mais tarde, reencontraram-se na Escola Estadual de Ensino Médio Cônego Albino Juchem (CAJ), onde ambos cursaram o Ensino Médio, até que, em 2020, decidiram iniciar o namoro.

Desde pequenos, sempre acompanharam o trabalho dos pais na lavoura. A jovem, moradora de Linha Sapé, no interior de Venâncio Aires, sonhava em se tornar profissional no ramo da agropecuária, enquanto o namorado, que reside em Linha Canto do Cedro, pensava em trabalhar na área da mecânica. Ele não tinha tanta certeza sobre o futuro e sentia dúvidas sobre qual área seguir. “Houve um período em que eu queria estudar na Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc), mas, no fim, não deu certo”, lembra.

Já a jovem sempre desejou cursar o técnico em Agropecuária. Quando criança, ficava perto dos adultos, questionando e tirando dúvidas sobre a ‘lida’ na roça e o cultivo do tabaco. “Desde pequena, eu sabia que era com isso que queria trabalhar profissionalmente. Estava sempre capinando e no galpão acompanhando o serviço”, relembra.

Inicialmente, Angélica pensou iniciar o curso em Teutônia. No entanto, a distância tornava inviável essa opção. Tudo mudou quando viu a divulgação da primeira turma do curso na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), no campus de Venâncio Aires, e avisou Natan. No momento da inscrição, para surpresa dela, ele também decidiu se matricular — e foi o primeiro dos dois a fazer isso.

O casal iniciou os estudos e, faça chuva ou sol, calor ou frio, eles iam de moto até a universidade de segunda a quinta-feira. No total, foram dois anos de estudos e seis meses de estágio. Eles se formaram no dia 25 de janeiro.

Foto: Divulgação/Vip Class Produções

A fase do estágio foi diferente para cada um. Angélica optou por realizá-lo na propriedade da família. “Fiz meu trabalho sobre a cultura do milho, das 17h às 21h. Na época, durante o dia, eu trabalhava na agropecuária do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) em Venâncio Aires”, conta ela, que se prepara para ingressar em uma indústria de tabaco. Já ele fez o estágio na Tabacos Marasca e foi efetivado. Atualmente, atua como classificador na empresa.

Foto: Divulgação/Vip Class Produções

“O curso técnico em Agropecuária é completo e abrange muitos assuntos, desde suinocultura até inseminação. Isso abre portas e me permite encontrar aquilo de que mais gosto.”

ANGÉLICA ALICE

Técnica em Agropecuária


Companhia para os estudos

Além de parceiros de vida, os dois compartilharam, ao longo do curso, as aflições e a rotina dos estudos. Ela era mais dedicada e estudiosa para as provas, enquanto ele era mais tranquilo. “Engraçado que nossas notas sempre foram muito parecidas”, brinca Angélica.

O momento de celebrar a conquista do casal foi a formatura, realizada no dia 25 de janeiro. Segundo Angélica, a colação de grau ocorreu na Unisc, em Santa Cruz do Sul, e a festa foi realizada na sede da Comunidade Católica Santo Antônio, em Linha Sapé. “Foi um momento especial. Comemoramos a conquista de nós dois”, afirma.

Agora, novos caminhos se abrem para os técnicos em Agropecuária. Juntos, eles também planejam iniciar a graduação em Agronomia, continuar sonhando e conquistando metas, sempre torcendo um pelo outro.



Júlia Brandenburg

Júlia Brandenburg

Acadêmica do curso de Jornalismo na Universidade de Santa Cruz do Sul

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