Artesanato ‘made in’ Venâncio Aires

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Artesãos se impressionam com a quantidade de visitantes de fora do município

Por Caco Villanova
Passagem obrigatória na 17ª Festa Nacional do Chimarrão, o pavilhão de artesanato disponibiliza várias de opções de presentes e de lembranças, especialmente neste sábado, 10, véspera do Dia das Mães. Em geral, os artesãos estão satisfeitos com o movimento, com a estrutura do evento, a programação e, especialmente, com as vendas. Mas, o que tem chamado atenção é a quantidade de pessoas vindas de fora. “Já vendemos para Gramado, Carazinho, Santa Maria, Cachoeira do Sul, Taquara, São Leopoldo e Criciúma [em Santa Catarina]”, diz Maria Luci, esposa do marceneiro aposentado João Selmiro Winck.

Um dos pioneiros do artesanato na Capital Nacional do Chimarrão, Seu João participa da Fenachim desde seu início. Ele passou a se dedicar ao artesanato em 1981. Começou restaurando móveis, mas logo enveredou para o artesanato, optando por produtos menos pesados, mas sempre no ramo da madeira. Com auxílio da esposa, que é responsável pelo acabamento das peças, Winck confecciona mesa de centro e de apoio, cabide e cabideiro, urna, porta-cuia, porta-chaves e outros produtos.

Sobre a Fenachim, o casal diz ter recebido muitos elogios dos visitantes. Seu João e Dona Maria reforçam a avaliação positiva, tanto é que expõem no evento desde a primeira edição. Os melhores dias de vendas foram sábado e domingo (3 e 4). Segundo eles, todos os sete cabideiros, feitos especialmente para a Festa, foram comercializados no primeiro fim de semana.

O casal trabalha em casa, numa oficina anexa, onde também recebe clientes. Artesãos de carteirinhas, os Winck também participam de exposições organizadas pela Casa do Artesão e recebem encomendas pelo telefone e WhatsApp. “Temos muitos pedidos pós-Fenachim”, revela Dona Maria, a partir de contatos feitos durante a Festa.

Portas incensos

Outro artesão experiente, que não perdeu uma Fenachim, Luiz Camilo Pereira também trabalha com madeira. Ele faz delicados portas incensos em formado de fogão a lenha. Aos 80 anos, o carpinteiro aposentado buscou no artesanato uma forma de manter-se ativo. Na sua opinião, os melhores dias da Festa foram quinta-feira, sábado e domingo (1º, 2 e 3). Em uma semana, considerando os dias com menor público, vendeu mais de 160 peças, grande parte delas para visitantes de outros municípios, como Guaíba, Farroupilha e Sinimbu.

Luiz Pereira participou de todas as edições da Fenachim (Foto: Caco Villanova)

Há cerca de duas ou três edições da Fenachim, Seu Luiz chegou a comercializar 400 portas incensos, que é sua especialidade. “Já vendi para o Pará”, complementa, citando o destino mais distante que tem conhecimento de uma peça sua. No restante do ano, seus produtos podem ser encontrados na Casa do Artesão e nas feiras promovidas pela entidade da qual é associado.

Casa do Artesão

Como não poderia deixar de ser, a Casa do Artesão participa da Fenachim com estande de 11 metros de comprimento, logo na entrada do Pavilhão do Artesanato. O espaço abriga 13 expositores.

Estande da Casa do Artesão reúne 13 dos mais de 40 associados

Ligada ao Programa Municipal de Artesanato e à Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), a entidade conta com o apoio dos associados participantes, que se revezam no atendimento e comercialização dos produtos. No espaço, se encontra bonecas de pano, toalhas e panos de pratos, peças bordadas e tricotadas, ecobags, copos térmicos, roupas de bebês aventais, agendas e uma série de produtos para lembrança ou presente.
As primeiras atendentes deste sábado, 10, foram as artesãs Raquel Liara Klafke, Leoni Teixeira, Vânia Elena Reis Scheibler, Maria da Graça Vieira Pinto Scheeren e Terezinha Sausen Schuh. Elas são unânimes em elogiar a organização da Fenachim. Também, o que mais as surpreendeu foi a quantidade de visitantes de fora do município e também do estado. “Vendi um jogo de casaquinho para Ribeirão Preto”, comentou Leoni.

A convivência com outros artesãos também foi citado pelo grupo, como experiência que fica da Fenachim. “Temos um vínculo muito bom”, enfatizou Raquel.

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