O trabalho de pavimentação asfáltica em 11 quadras da rua Sete de Setembro, ligando o Centro de Venâncio Aires ao bairro São Francisco Xavier, está na reta final. O trecho vai da rua Osvaldo Aranha até a Cândido de Moura, totalizando 1,3 quilômetro. Segundo a secretária de Planejamento e Urbanismo, Deizimara Souza, a expectativa da Administração é de que, até o fim de março a empresa Avantte conclua a execução, orçada em R$ 3,3 milhões. “O processo está no ritmo normal, respeitando o cronograma”, disse a secretária, em entrevista ao programa jornalístico Folha 105 – 1ª Edição, da Rádio Terra FM, nesta segunda-feira, 27.
A obra é vista como fundamental para a logística venâncio-airense, uma vez que a rua é uma das portas de entrada da cidade, especialmente para quem vem do Vale do Taquari, pela RSC-453. Por conta disso, o fluxo de caminhões também costuma ser grande, o que danificou o antigo paralelepípedo, deixando trechos com desníveis bastante acentuados. Para os residentes da Capital do Chimarrão, a via é uma alternativa à rua General Osório, paralela à Sete de Setembro, na conexão do Centro a bairros, como Diettrich, São Francisco Xavier, União e Santa Tecla.
Transtornos para os moradores
Entre os moradores, uma das principais preocupações é em relação a pontos ainda sem a camada superior do asfalto. Em alguns trechos, como antes da lombada instalada no sentido bairro-Centro, há desnível na pista, que representa perigo para condutores. Para sinalizar o obstáculo, os próprios residentes se organizaram para colocar dois cones com uma rede depois que uma motociclista, há poucos dias, teria se machucado por não observar o desnível.

Em paralelo à pavimentação, a Prefeitura firmou uma parceria com a Corsan Aegea para fazer obras na rede de esgoto e de água. O objetivo de evitar mexer em tubulações futuramente, quando a pavimentação estiver concluída. Os canos de esgoto foram deslocados para debaixo da calçada, enquanto a canalização da água deve receber estruturas mais largas para facilitar o escoamento e evitar alagamentos futuros.
A mudança se reflete nas calçadas, que precisaram ser abertas. Nádia Ferreira, 69 anos, que se mudou para o bairro União há dois anos, avaliou que a situação atual da frente da sua casa oferece riscos à população. “Se passa um e se machuca, vai vir problema para os moradores, como eu mesma posso falsear o pé, cair e me machucar.”, disse.

A secretária Deizimara explicou que o Município tem a prerrogativa de poder intervir nas calçadas, já que ficam em via pública. No entanto, também tem a obrigação de recolocar o piso da mesma forma que estava antes da obra. “Não precisa se preocupar, pois não é o morador que fará essa recolocação. A empresa contratada é responsável em repor e refazer o pavimento que foi mexido”, explica.
Velocidade no novo asfalto também é preocupação
Outra preocupação da comunidade é em relação à velocidade com que os veículos devem trafegar na via. Como se trata de um trecho com descida acentuada, a partir da rua Cláudio Reckziegel, em direção à região central, os moradores receiam que se torne um local perigoso para os pedestres. Atualmente, há uma lombada apenas, quase em frente ao bar de Astor Goettems, 65 anos, na esquina das ruas Sete de Setembro e Frederico Closs.
Ele contou, durante entrevista ao programa Folha 105 – 1ª Edição, que ele e a esposa – administradores do negócio – solicitaram a instalação do recurso, há cerca de oito anos, antes mesmo do projeto de pavimentação da estrada. “Agora espero que coloquem mais, porque precisa. Eu acho, pelo menos, que tem que ter mais umas duas lombadas.”
A pasta de Planejamento e Urbanismo deve trabalhar junto à de Segurança Pública e Defesa Civil para estabelecer redutores de velocidade, inclusive podendo ser uma lombada eletrônica, segundo Deizimara. A secretária também advertiu que a velocidade dentro da cidade é de 40 quilômetros por hora e alertou que “as pessoas precisam reduzir a velocidade, quando passam por um trecho de obras.”
Bom para o comércio
- Astor Goettems afirmou que aguarda a conclusão do asfalto com ansiedade. “É muito bom, vai ser um presente para nós”, destacou. Ele espera também que o capeamento possa permitir que novos clientes passem pelo seu estabelecimento.
- Além disso, Goettems tem um ponto de táxi no local, o que deve facilitar também os seus deslocamentos com clientes.
