Os moradores do bairro União, diariamente, já ouvem percussões e se deparam com uma movimentação diferente nas ruas que ficam no entorno da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professora Odila Rosa Scherer. A novidade é a banda marcial do educandário, que fará a primeira apresentação no desfile cívico de Venâncio Aires, na próxima semana.
A diretora da escola, Márcia Hinterholtz Hickmann, conta que esse era um sonho antigo da escola, mas a questão financeira sempre adiava os planos, afinal, este era o empecilho para viabilizar os instrumentos que dão vida à banda.
Em 2022, com o intuito de colocar o projeto em prática, a comunidade escolar se uniu para angariar os recursos, por meio de uma ação entre amigos, e assim comprar os instrumentos de percussão necessários para começar a banda.
A banda começou no retorno das férias de inverno, no dia 3 de agosto deste ano, e cada aluno pôde escolher o instrumento que mais se familiarizava. “O grupo está se dedicando para aprender o instrumento em pouco mais de 30 dias, para desfilar na Osvaldo Aranha com a banda”, afirma Márcia.
Segundo a diretora, a intenção inicial foi tirar o projeto do papel, mas com o tempo, pretende-se adquirir mais instrumentos, como os de sopro, e ampliar a banda. Um dos critérios para participar da banda no futuro, serão as boas notas.
União
O trabalho em equipe está dando certo. Dois professores, que são os maestros da banda foram contratados pela Associação de Pais e Mestres (APM) para orientar os alunos com os instrumentos e serem os coordenadores. Mateus André Cassariego, 22 anos, e Alex Rosa, 29 anos, são os responsáveis por ritmar a banda. A dupla já tem experiências no ramo da música, mas comentam que o desafio é o mesmo. “Por mais que já tenhamos uma caminhada na música, é um estilo diferente do habituado e a maioria dos alunos não sabia tocar nada, então começamos do zero”, conta Cassariego. Rosa reforça que o fato de ser uma banda marcial também influencia na disciplina, ritmo e andamento da música, que também precisa ser marchada. “É um grande desafio. Um conjunto de elementos de expressão corporal e música.”
No compasso
Uma das estudantes que se destaca na participação da banda é Daniela Schuck, 14 anos. A estudante frequenta o 9º ano da escola e na banda toca o surdo. “Algo muito legal e novo. Pra mim, é gratificante representar a escola e estamos todos ansiosos para o 7 de setembro.” Mesmo que a aluna esteja no último ano da escola, ela menciona estar feliz em ainda poder estar participando desse projeto. Além da banda, 17 meninas das turmas de 1º ao 3º ano farão o ‘abre-alas’ na Osvaldo Aranha. Elas terão o objetivo de marcar também o ritmo da marcha e pretendem usar bambolês para embelezar ainda mais o desfile.
“Hoje, a banda da escola Odila é realidade. Ela é fruto de toda uma mobilização da comunidade escolar, pais, alunos, professores e funcionários. A parceria aqui sempre foi muito forte e se hoje a escola tem toda essa estrutura, muito se deve ao papel ativo das famílias.”
MÁRCIA HINTERHOLTZ HICKMANN
Diretora da Escola Professora Odila Rosa Scherer
35
é o número de alunos que participam da banda. São estudantes dos anos finais (6º ao 9º ano) que tocam instrumentos de percussão como tarol, fuzileiro, pratos e surdos.
Banda da escola Cidade Nova
Além da já conhecida banda da Escola de Mariante, Venâncio Aires também conta com a banda marcial da Escola Cidade Nova, que está ativa desde 2018. A diretora Rosemeri Cecília Beier comenta que atualmente 35 alunos participam da atividade e o maestro é o professor e músico Daniel Böhm. Os ensaios ocorrem individualmente nas terças e quartas, e o geral ocorre nos sábados.
Rosemeri afirma que, neste ano, o sargento Valentim Galarsa Silveira também faz um trabalho voluntário com a banda para o desfile cívico. Toda terça e sexta, ele treina os movimentos da marcha com os alunos.