Caminhonetes Hilux estão na mira dos ladrões

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Três furtos em caminhonetes Toyota Hilux, sendo que dois deles foram praticados na tarde da quarta-feira, 31, às margens da RSC-287, no interior de Venâncio, chamam a atenção das autoridades para uma nova modalidade de crime. Os ladrões estão usando um dispositivo que impede o acionamento do alarme (e também das lanternas e luzes internas) para destrancar as portas. O alvo são caminhonetes que possuem objetos de valor em seu interior e que ficam visíveis, como bolsas, sacolas e notebooks, por exemplo.

Os três furtos foram praticados nos estacionamentos de estabelecimentos comerciais. Os dois da quarta-feira foram em sequência. Dois representantes comerciais, de 47 e 59 anos, estacionaram uma Hilux ano 2022 no pátio do restaurante Casa Cheia, em Linha Bem Feita, e foram almoçar. Pouco antes das 13h eles saíram em direção a Santa Cruz do Sul e ao chegarem no primeiro cliente, deram falta das suas bolsas, que haviam ficado no banco traseiro da Hilux.

As vítimas voltaram até o restaurante e através das imagens das câmeras de monitoramento, viram que os ladrões chegaram em dois Jeep Renegade, sendo um de cor escura e outro, branco. O de cor escura foi estacionado próximo da Hilux, de onde desceu um homem bem vestido, que caminhou ao redor da caminhonete e depois de se certificar que havia algo de seu interesse, a abriu. Em segundos ele pegou as duas bolsas e o bando fugiu. Dentro delas havia documentos e um notebook, entre outros objetos.

Minutos depois, a quadrilha abriu uma caminhonete Hilux, ano 2020, que estava no estacionamento do restaurante Casa Nostra, em Vila Estância Nova. As vítimas são um casal que voltava do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, e parou para almoçar. O homem e a mulher seguiam em direção a Santa Maria e tinham duas malas no banco de trás da Hilux. A mulher, que tem 22 anos e retornava de uma viagem ao exterior, disse que, entre outras coisas, nas malas havia muitos perfumes, cosméticos, joias, roupas e calçados. Um iPhone que estava ao lado das malas não foi furtado. O prejuízo ultrapassa os R$ 20 mil.

No registro feito na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), as vítimas garantiram que as duas caminhonetes estavas chaveadas e com o alarme ligado. No furto em Vila Estância Nova, um frentista do posto de combustível, anexo ao restaurante, disse que um Jeep Renegate, de cor escura, estacionou ao lado da Hilux, mas ficou pouco tempo e saiu. Esta testemunha não soube dar mais detalhes e não viu os ladrões agindo.

Especialistas

Outra vítima deste grupo ficou cerca de três horas verificando as câmeras de monitoramento do seu estabelecimento, para descobrir quem e como abriram sua caminhonete Hilux. “Estão usando algum dispositivo que não dispara o alarme. Acho que é uma cópia da chave de segurança que vem em cada controle da caminhonete, para ser usada se for necessário abrir o veículo, em caso de pane do controle. Mas como que um veículo de última geração aceita que ele seja aberto com uma chave que não seja a original, sem ao menos disparar o alarme?”, questiona a vítima.

Este empresário também descobriu que os ladrões costumam usar um veículo alugado para circular pelas rodovias e encontrar suas vítimas. Segundo relatou, no dia do furto sua caminhonete estava chaveada e bem em frente ao seu estabelecimento. Mas devido ao movimento, não notou a ação dos ladrões. “Só descobri horas depois, quando fui entrar na caminhonete e vi que estava destrancada”.

Através das imagens das suas câmeras de monitoramento, o empresário se certificou de que havia trancado a caminhonete. “Dá para ver as luzes acendendo e piscando. Mas quando ela foi aberta, nada disso aconteceu. É isso que acho muito estranho”, argumenta.

“Os objetos que furtaram da minha caminhonete não me preocupa, pois eu trabalho e consigo novamente. O que me preocupa é com a clientela, que a gente demora a conquistar, mas a perde facilmente. Por isso, a dica é não deixar nada sobre os bancos ou dentro dos veículos.”

EMPRESÁRIO
Vítima de furto em sua Hilux



Alvaro Pegoraro

Alvaro Pegoraro

Atua na redação do jornal Folha do Mate desde 1990, sendo responsável pela editoria de polícia. Participa diariamente no programa Chimarrão com Notícias, com intervenções na área da segurança pública e trânsito.

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