Segundo informações do último boletim epidemiológico da Vigilância Epidemiológica de Venâncio Aires, os casos de dengue no município chegaram a 730. Dois deles são de moradores de outros municípios, mas testados e positivados na Capital do Chimarrão. Os dados são da sexta-feira, 19, e registram também seis internações no período de quatro dias, desde a terça-feira, 16. O total de notificações ultrapassa 960 e em análise estão 78 testes.
Desde a semana passada, funciona junto à Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Gressler, o Centro Especializado no Atendimento à Dengue, como referência para a população que precisa de atendimento e testes da doença. Médico, enfermeiro e técnico em enfermagem atendem no local de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
A instalação também busca diminuir a superlotação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro Cruzeiro. No fim de abril, a equipe da Administração Municipal deve avaliar o cenário para decidir sobre a continuidade do espaço.
A testagem da dengue, mediante avaliação de médico ou enfermeiro, ocorre em todas as unidades de saúde do município, com o teste rápido (Ns1), feito do segundo até o quinto dia de sintomas. Após esse período, deve ser feito o teste de IgM, através de coleta de sangue no Centro de Atendimento de Doenças Infecciosas (Cadi).
As pessoas devem sempre procurar a unidade de saúde mais próxima da sua casa para receber a avaliação de um profissional e, caso não consiga, deve buscar o Centro Especializado no Atendimento à Dengue ou UPA. Nas Estratégias de Saúde da Família (ESFs) há atendimento médico nos dois turnos e nas UBS em apenas um turno.
Mosquitos
Entre as medidas de prevenção à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, está a limpeza e revisão das áreas interna e externa de residências e apartamentos, além da eliminação dos objetos com água parada. As ações impedem o mosquito de nascer, cortando o ciclo de vida na fase aquática. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra o Aedes.
- Em uma semana, entre os dias 12 e 19, foram diagnosticados 125 casos de dengue em Venâncio Aires.
Sintomas
- De cinco a 10 dias depois da picada do mosquito, a pessoa passa por um quadro abrupto de febre, dor no corpo, na cabeça, no corpo, nas articulações, mal-estar, no fundo dos olhos, náusea, vômito, diarreia, manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira e cansaço.
- A dengue não tem tratamento específico. É preciso procurar atendimento médico para receber os medicamentos específicos para cada sintoma. É contraindicado o uso de anticoagulantes, anti-inflamatórios e corticoides no tratamento.
Perfil dos óbitos por dengue no RS
No final da última semana, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul publicou um compilado de dados levantados pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) que aponta padrões em óbitos por dengue. O principal deles é alusivo à idade: 73% das mortes foram de pessoas com 60 anos ou mais.
Além da faixa etária, outras condições também agravam a doença, como hipertensão (58%), diabetes (18%), cardiopatia (18%) e doença pulmonar obstrutiva crônica (16%). Por outro lado, em 16% dos casos não havia comorbidade.
Diminuição do número de plaquetas no sangue (53%), a hipotensão postural e ou lipotimia -sensação de tontura, decaimento, desmaio (47%), dor abdominal intensa (34%) e letargia ou irritabilidade (32%) são os principais sinais de alerta da doença. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) também cita pulso débil ou indetectável (49%), extremidades frias (48%), taquicardia (42%) e hipotensão arterial (42%) como os principais sinais de agravamento do quadro.
Fonte: AI Governo do Estado
Sintomas mais comuns em óbitos
• Febre: 62%
• Dor muscular: 58%
• Náuseas: 43%