A Câmara de Vereadores de Venâncio Aires se reuniu, na noite desta segunda-feira, 24, para mais uma sessão ordinária. Como havia poucas matérias na Ordem do Dia – foram aprovados uma emenda, um projeto e uma moção -, os assuntos mais quentes ficaram para o período das Comunicações, quando os parlamentares utilizam a tribuna para suas manifestações.
E dois casos ocorridos no âmbito da Prefeitura foram os que mais repercutiram durante o encontro. Tanto vereadores de oposição quanto de situação falaram sobre a investigação que foi aberta pelo prefeito Jarbas da Rosa (PDT) para apurar a falta de colchões no Almoxarifado Municipal. São 1.782 itens que deveriam estar no patrimônio do Executivo, mas que não foram encontrados em verificação da Coordenadoria de Controle Interno no fim de 2024.
A respeito do tema, a Prefeitura já divulgou nota oficial, por meio da qual afirma que uma das hipóteses para o imbróglio é uma possível inconsistência de notas fiscais apresentadas pela empresa que vendeu os colchões ao Município, que recebeu recursos da Defesa Civil federal em decorrência da catástrofe climática que atingiu Venâncio Aires e todo o estado no ano passado. Todos os parlamentares que comentaram o assunto defenderam uma investigação completa e punição de responsáveis, caso fique comprovada alguma irregularidade.
Também foi muito repercutido o caso de uma servidora exonerada recentemente. O seu desligamento, segundo apurou a reportagem da Folha do Mate, teria ocorrido por suposto favorecimento de um familiar que presta serviços contratados pela Prefeitura. Conforme o que se comenta até aqui, foi constatado que a parente da mulher recebia valores muito acima de outros profissionais que oferecem o mesmo serviço. Ou seja, no mesmo período de tempo, ela fazia muito mais atendimentos do que outros contratados, o que levantou a suspeita.
Ainda sobre este caso, há denúncias de que pacientes que nunca foram contemplados com os serviços constariam em listas de atendimento. O fato de a servidora controlar o contrato da própria familiar pode ter sido determinante para que os valores ficassem muito além do que era pago aos demais. Os vereadores querem que ambas as situações tenham atenção do Ministério Público e cobram ressarcimento ao erário público se as denúncias forem confirmadas.