O chefe do escritório da Emater/RS-Ascar de Mato Leitão, Rudinei Pinheiro Medeiros, participou, na última semana, do 3º Seminário Erva-mate XXI – Avanços Científicos, Tecnológicos e de Mercado, realizado em Curitiba, no Paraná, de 15 a 17 deste mês. O evento foi promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e parceiros, como a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (Iapar-Emater).
Segundo Medeiros, o seminário tinha como objetivo debater assuntos relacionados à produção, comercialização e tendências do mercado da erva-mate. “A importância de ter participado do evento é ver as tendências de mercado da erva-mate para além da cuia. Outros produtos também foram apresentados, como na linha de cosméticos e de alimentos, não somente o chimarrão e o tereré”, relata.
Para ele, também foi uma oportunidade interessante de comparar cadeias produtivas, a exemplo do açaí e do café, que são consideradas muito mais recentes do que a erva-mate. “Principalmente o açaí, que começou em 2000, hoje é comercializado há 24 anos e está pelo mundo todo, enquanto a erva-mate ainda não. Pudemos aprender muito comparando as cadeias produtivas para conseguir aplicar os resultados positivos tanto da cultura do café quanto do açaí na da erva-mate”, avalia.
Alternativas
Outro assunto pautado durante o seminário diz respeito ao turismo. “Muitas cidades no Paraná e em Santa Catarina estão trabalhando na questão do turismo e município que têm polos ervateiros estão explorando isso”, explica. Entre os exemplos apresentados estão restaurantes que preparam alimentos à base de erva-mate, hotéis que utilizam esse enfoque e museus que contam aos visitantes a história da erva-mate de cada região paranaense e catarinense.
“Toda essa parte do turismo e da gastronomia podemos trabalhar, também, em Mato Leitão, com rotas turísticas, uma vez que o município está envolvido nessa área junto à região dos Vales do Taquari e Rio Pardo”, analisa. No âmbito agronômico, o evento também explorou questões relevantes para o setor ervateiro, a partir da apresentação de informações sobre manejo de produção, adubação e técnicas novas de poda, que aumentam a produção e a produtividade.
“Pudemos trazer essas novas ferramentas de trabalho e novas formas de manejo para Mato Leitão e para o polo ervateiro da região dos Vales”, destaca. De acordo com Medeiros, a conservação do solo e o trabalho da palhada também receberam atenção durante o evento. “Voltei com uma perspectiva positiva, porque muitas informações que foram apresentadas já estamos realizando no dia a dia de campo e no auxílio aos produtores. Isso mostra que estamos no caminho certo”, salienta.