Cobertura vacinal contra o sarampo está abaixo do ideal em Venâncio Aires

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Há poucos dias, um caso importado de sarampo surgiu no Rio Grande do Sul, em uma criança de 3 anos não vacinada, originária de fora do país. A situação liga o alerta para a vacinação contra a doença. Em Venâncio Aires, segundo a coordenadora do Setor de Imunizações, Janete Fernandes de Souza, a cobertura contra o sarampo, feita através da vacina tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba), está em 76,33% para crianças, considerando duas doses. O ideal seria um índice de 95%.

Janete explica que a vacina tríplice viral é aplicada aos 12 e 15 meses no calendário de rotina. Já adultos menores de 30 anos e profissionais da saúde precisam ter duas doses. Aqueles com 31 anos ou mais, apenas uma. Em Venâncio, a vacina é aplicada todos os dias no Posto de Saúde Central e demais unidades com salas de vacinação, como as Equipes de Atenção Primária (EAPs) Tabalar e Santa Tecla. Os outros postos com salas de vacinação estão em reformas ou com a câmara resfriada estragada. No interior, as unidades de Centro Linha Brasil e de Vila Deodoro aplicam as doses em dias específicos, já que depois que o frasco é aberto, tem uma validade de apenas oito horas. O indicado é ligar para as unidades antes para conferir o dia de aplicação.

A profissional reforça a importância da vacinação contra a doença, pois o sarampo é altamente contagioso. “A cada 10 pessoas não vacinadas, nove podem pegar o sarampo quando há contato com alguém infectado, além de ser mais perigoso para os mais vulneráveis”, explica. A doença atinge principalmente o sistema respiratório, com sintomas de febre, manchas avermelhadas pelo corpo, tosse, coriza e conjuntivite. Caso uma pessoa vacinada seja infectada, os sintomas costumam ser brandos e, na maioria das vezes, não há complicações ou necessidade de internação.

  • Os últimos casos de sarampo confirmados no estado foram registrados em abril de 2020, com 37 notificações.

“O sarampo é uma doença endêmica e pode voltar a infectar quando não há boa cobertura vacinal. A vacinação é indispensável para o bloqueio do vírus.”
JANETE FERNANDES DE SOUZA
Enfermeira responsável pelo Setor de Imunizações

Horários

  • Posto Central: Pela manhã, de segunda a sexta, das 7h30min às 11h. À tarde, nas segundas, terças e quintas, das 13h às 16h30min, e nas quartas e sextas, das 13h às 19h.
  • EAP Tabalar: 9h às 11h e das 13h30min às 16h (nas sextas à tarde o posto está fechado).
  • EAP Santa Tecla: Somente à tarde, das 14h às 16h30min (nas sextas à tarde o posto fecha às 15h).
  • Importante: Os horários podem sofrer alteração devido ao período de férias e equipe reduzida. Para se vacinar, é preciso apresentar um documento, cartão do Sistema Único de Saúde SUS e carteira de vacinação. É recomendado também ter consigo o número do CPF.

Baixas coberturas

  • Além da vacina tríplice viral, outros imunizantes também estão com baixas coberturas na Capital do Chimarrão. Segundo números de outubro de 2023 da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, esses são os casos das vacinas pentavalente e a injetável contra a poliomielite, com 84% de cobertura do público-alvo. Já a vacina oral contra a pólio tem índice de cobertura de 77%. O percentual de referência para todas elas é de 95%.


Luana Schweikart

Luana Schweikart

Jornalista formada pela Unisc - Universidade de Santa Cruz do Sul. Repórter do Jornal Folha do Mate e da Rádio Terra FM

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