Com a previsão de abertura da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Vô Ismael, no bairro Xangrilá, ainda neste mês, o número de crianças na fila de espera por uma vaga deve reduzir, mas ainda não vai zerar em Venâncio Aires.
Segundo o secretário de Educação, Émerson Eloi Henrique, a escola vai poder atender 188 crianças de 0 a 5 anos em turno integral e, no momento, à espera de uma vaga estão 242 crianças de 0 a 3 anos. Recentemente, foram 66 novas inscrições feitas pelas famílias na secretaria. “Se atendêssemos as crianças somente em um turno na Vô Ismael, conseguiríamos zerar a demanda, mas o turno integral é essencial para as famílias”, destaca.
Henrique explica que a fila de espera nas Emeis é sempre muito dinâmica. Primeiro, as famílias realizam a inscrição para a comissão de vagas analisar e, conforme a disponibilidade de vagas, as crianças são encaminhadas e as informações também vão para o Portal da Transparência. Este ano, inclusive, algumas escolas tiveram a possibilidade de abrir novas turmas inteiras de nível III para atender pessoas da fila de espera. Foi o que aconteceu nas Emeis Bela Vista e Arco-Íris. E na Emei Vó Helma foi aberta uma turma de nível II, devido a uma sala nova que foi disponibilizada.
O secretário esclarece que normalmente estas situações não acontecem, pois ocorre o efeito cascata nas turmas, sempre liberando totalmente os níveis IA ou IB, que são as primeiras turmas das Emeis, já que quando o ano encerra as turmas passam para o nível seguinte e estes ficam ‘vazios’. Mas, neste ano, foi possível, segundo a coordenadora pedagógica da Educação Infantil, Flávia Kieling, porque as turmas de Pré B eram duplas nestas escolas. Ao saírem, como o Pré A tinha turma única, uma sala ficou vazia e foi preenchida com os alunos de idades que tinham maior demanda.
Fim da espera
Uma das crianças que passou a ser atendida pela Emei Arco-Íris, na turma de nível III, foi o Ben Wallace Senna, 3 anos. A mãe Jaqueline Gonçalves dos Santos, 39 anos, conta que a família estava há dois anos na fila de espera por uma vaga para o filho. Inclusive, na manhã desta sexta-feira, 3, Jaqueline foi contatada para fazer a transferência do filho para a Emei Passinho Seguro, que fica no bairro onde moram, Cidade Nova. A Emei foi a primeira opção da família quando efetivou a inscrição e, agora, a vaga será obtida.
Enquanto Ben não estava na escola, devido à rotina da mãe, que é autônoma, quem cuidava da criança era a avó, Solange. “Sou separada e, como viajo bastante, foi minha mãe que cuidou e ainda cuida do Ben pra mim.” Segundo Jaqueline, a dificuldade era que a mãe, além de cuidar do Ben, também tomava conta de outros netos. “Quem cuida de crianças desta faixa etária sabe que precisa de muito tempo, dedicação e atenção.”
Agora, com a nova rotina, a mãe conta que já notou uma melhora no dia a dia da família. “Com a criança em casa, a atenção é voltada toda para ela, e não conseguimos cumprir nossas tarefas e compromissos”, afirma. Ela também reforça que o filho já está adaptado e gosta muito do contato e da interação com outras crianças.
A partir de agora, Ben passará por uma nova adaptação na Emei Passinho Seguro, mas a mãe acredita que será tranquilo e o que já está bom, ficará ainda melhor, já que a nova escola fica a menos de cinco minutos de onde residem, o que evita gastos com van escolar.
- 127 – É o número de vagas que o Município comprou da rede privada, para o atendimento de 127 crianças de 0 a 3 anos.
Faltam detalhes para abertura
Para a abertura da nova Emei, tão esperada pelas famílias venâncio-airenses, faltam poucos detalhes. O secretário de Educação, Émerson Eloi Henrique, afirma que ainda estão sendo chamados os aprovados no concurso público para atuarem no educandário, pois o processo de contratação demora em torno de 30 dias. “Ainda não sabemos se vamos conseguir abrir a escola de forma total ou escalonada, mas se der tudo certo, ainda na segunda quinzena do mês, vai acontecer.”
Ainda, uma licitação também deve sair no dia 13 deste mês para a compra dos equipamentos restantes, como armários e geladeiras. A partir disso, serão firmados os contratos e adquiridos os equipamentos para mobiliar a escola. “Se conseguirmos equipar e os fornecedores cumprirem os prazos, vamos abrir logo. Boa parte dos equipamentos já temos, como ar-condicionados, televisões, cadeiras, mesas e fornos. O playground da escola também já foi feito”, afirma a coordenadora pedagógica da Educação Infantil, Flávia Kieling.