Uma nova ideia para seus impressos. Com essa proposta, em 1º de abril de 1985, nascia a Traço Produções Gráficas. Referência em Venâncio Aires, com sede da Avenida Ruperti Filho, 1551, a Gráfica Traço, como é conhecida, chega aos 40 anos, com uma história marcada pela inovação. “Fomos os primeiros a colocar impressão colorida, em Venâncio. Era uma offset de marca Ricoh de mesa, para serviços pequenos, mas coloridos”, relembra o fundador da empresa, Marcolino Coutinho, 65 anos.
Ao longo das quatro décadas, uma série de evoluções marcaram o processo produtivo da empresa, a partir da aquisição de novas máquinas e o acompanhamento de tendências. “Sempre acompanhamos tendências, com grande investimento em equipamentos nos últimos anos. É o que faz a gráfica se manter ativa e se reinventar. Temos tido um crescimento importante nos últimos anos, e a perspectiva é, nos próximos anos, estar em um novo prédio, que permita essa ampliação”, destaca o sócio-proprietário, Marcel Coutinho.
Na avaliação dele, chegar aos 40 anos de empresa, como uma marca consolidada e de credibilidade, é reflexo dessa inovação aliada à boa gestão. “Tenho grande orgulho por dar continuidade a esta iniciativa familiar, em uma área que foi impactada com as transformações dos últimos anos, com a internet. Enquanto muitas gráficas não conseguiram sobreviver, nos mantivemos como referência.”
Sucessão familiar na Gráfica Traço
Outro aspecto de destaque na história da Gráfica Traço é a sucessão familiar, que garante a continuidade da empresa. Atualmente, o empreendimento tem como sócios-proprietários os irmãos Marcel e Jaíne Molz Coutinho, filhos dos fundadores Marcolino e Marcia Molz Coutinho.
Os irmãos cresceram em meio à rotina da gráfica. “Brincávamos de colar blocos. Sempre vivenciamos a empresa”, relembra Marcel, que já durante o Ensino Médio, no fim da década de 1990, passou a ser ‘o guri da arte’, desenvolvendo criações no Corel Draw. “Em 2000 iniciei mais na área administrativa e de orçamentos, com atendimento aos clientes”, relembra.

A partir do ingresso no curso superior em Desing, em 2005, foi criado o núcleo de design na gráfica, para processos mais criativos e elaborados, além da impressão. Em 2007, a partir de uma peça do Calendário Gaúcho, a Gráfica Traço conquistou o prêmio Galo de Ouro no 16º Festival Mundial de Publicidade de Gramado. “Com isso, vimos que tinha potencial para uma agência, o que culminou na criação da Traço D, em 2009, que hoje é totalmente independente da gráfica”, comenta.
A sucessão familiar se deu, efetivamente, em 2012, após um processo de transição que durou cerca de sete anos. “Foram anos de aprendizado e experimentação, unindo inovação a conhecimento e boa gestão”, define.
“Me orgulha termos trazido tanta inovação em algo tão tradicional, como o ramo gráfico, acompanhando tendências e reforçando a credibilidade, com uma boa gestão.”
MARCEL COUTINHO – Sócio-proprietário da Gráfica Traço
Da tipografia à impressão digital
Duas grandes revoluções marcaram o processo de impressão, nas quatro décadas de atividades da Gráfica Traço. Quando a empresa iniciou, em 1985, era utilizada a tipografia. Para que um material fosse impresso, era necessário realizar a montagem, letra por letra, em uma matriz da máquina.
Já em 1986, a gráfica adquiriu a primeira impressora offset – um equipamento de mesa, para pequenos serviços. Mais tarde, novas máquinas offset garantiram alta produtividade. Nesse sistema, a arte é gravada em chapas de alumínio, que permite a reprodução em grande escala. “A Traço foi pioneira no sistema offset em Venâncio. Foi uma grande revolução, assim como o sistema de impressão digital, que passamos a utilizar a partir de 2002”, relata Marcel Coutinho.
A digitalização possibilitou a impressão com dados variáveis – um dos principais serviços da empresa, atualmente. “A tendência é de menor escala e, cada vez mais, dados variáveis, personalizados. Com a tecnologia de criação e a aquisição de equipamentos com esse sistema, conseguimos entregar alta qualidade nos materiais, incluindo dados sensíveis, como informações pessoais, códigos de barra e QR Codes”, analisa Marcel.