Trecho de Venâncio Aires conta com desvios emergenciais
(Foto: Alvaro Pegoraro)
Trecho de Venâncio Aires conta com desvios emergenciais (Foto: Alvaro Pegoraro)

Nesta terça-feira, 15, o Comitê de Acompanhamento Permanente das Obras da RSC-287 da Assembleia Legislativa promoveu nova reunião para debater com o governo, a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) e a concessionária Rota de Santa Maria, do grupo Sacyr, a situação das obras na RSC-287.

O encontro, realizado por solicitação do deputado Valdeci Oliveira (PT), contou com a presença do secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, de representantes da Sacyr e da Agergs. Além disso, reuniu lideranças regionais, assim como os deputados Airton Lima (Podemos), Kelly Moraes (PL), Tiago Simon (MDB) e Paparico Bacchi (PL).

O secretário Pedro Capeluppi destacou que a duplicação é acompanhada pela pasta, tanto com a concessionária quanto os demais pontos que envolvem o contrato e cronograma de obras. O titular da Reconstrução Gaúcha anunciou que, em agosto, iniciam as obras de construção na nova ponte do Arroio Grande, em Santa Maria, e que foi levada pela enchente há mais de um ano atrás. “O projeto está ‘ok’ e o trecho de aproximação da ponte, cerca de 800 metros, está sendo finalizado.”

Reunião ocorreu na manhã desta terça-feira (Foto: Claudio Fachel/Divulgação)

O anúncio do secretário foi respaldado pela concessionária. “É uma previsão factível, possível, sim. Os projetos estão com grau de maturidade muito avançados. Acabamos de entregar [à Secretaria da Reconstrução] as últimas revisões [técnicas] do projeto da ponte do Arroio Grande e do Arroio Barriga”, afirmou o diretor Rota de Santa Maria, Leandro Conterato.

Acessos

As diretrizes gerais para a duplicação da rodovia não trazem os detalhes dos acessos, o que é definido a partir do andamento da obra. Os dois primeiros trechos urbanos, de Tabaí e de Santa Cruz do Sul, estão em execução, e as adequações são realizadas com diálogo junto às lideranças locais.

A respeito dos acessos, Capeluppi disse que a concessionária é responsável pela regularização dos mesmos e que a secretaria já notificou para que cessem as notificações aos moradores. O secretário acredita que uma reunião do governo e demais entes envolvidos na obra com as comunidades é necessária para alinhar todas essas questões.

Outra ponderação do secretário foi no comprometimento da obra na rodovia depois das enchentes do ano passado, o que impactou diversos detalhes de engenharia da obra em pontes e outros trechos. “Essas situações demandaram novas obras de engenharia, o que impactou no cronograma de execução dos trechos”, completou. Proponente da reunião, o deputado Valdeci de Oliveira sugeriu que a cada 60 dias o comitê faça encontros com a secretaria, a concessionária e prefeitos para alinhar o andamento da obra – o próximo encontro está marcado para 16 de setembro.

Linhas de frente

Questionado por Valdeci, a respeito da possibilidade de abertura de uma nova frente de trabalho da duplicação da RSC-287, a partir de Santa Maria, Capeluppi também sinalizou positivamente, se disse “aberto ao diálogo” e enfatizou que o tema tem que ser alvo de tratativas em paralelo.

A demanda tem sido reivindicada desde que teve início a concessão, em 2021. Lideranças políticas, empresariais e sociais da região não aceitam pagar tarifa para transitar por uma rodovia cuja duplicação somente chegará a eles depois de décadas – atualmente há obras somente em duas frentes: Tabaí e Santa Cruz do Sul. “A concessão não previu a duplicação de forma automática. Importante olharmos para esse contrato de maneira a atender a todos, fazer essa discussão apartada dos temas do dia a dia. Temos que sentar juntos e construir soluções para que todos possam se sentir parte desse projeto. Comprometo-me a fazer a discussão, buscar uma solução”, afirmou Capeluppi.

Ainda segundo o secretário, diante de outros questionamentos feitos pelos participantes do encontro, como regularização dos acessos às propriedades ao longo da via e necessidade de adequações do projeto a distintas realidades ao longo dos 204 quilômetros, é natural que haja a flexibilização do contrato.

(Fonte: Assembleia Legislativa)