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Os quatro denunciados foram julgados e condenados pela primeira vez em maio de 2019 (Foto: Alvaro Pegoraro/Arquivo FM)

Três dos quatro condenados pela morte do bancário Júlio Assmann Marder, de 58 anos, que aconteceu na noite de 16 de outubro de 2017, estão foragidos e são procurados. Eles tiveram as prisões decretadas e agora a Polícia Civil trabalha para cumprir as ordens judiciais, determinadas pelo juiz Maurício Frantz. Segundo o delegado Guilherme Dill, a única que se apresentou até a noite de ontem, é Márcia Rejane Kist Severo. No entanto, no Banco Nacional de Mandados de Prisão, não há condenações em aberto para ela. No segundo julgamento, em 2023, ela foi sentenciada a 16 anos e 7 meses.

São procurados Salete de Azevedo, companheira da vítima e que teria planejado o crime; Marcos Roberto Cottes Figueiró, namorado de Márcia na época; e Antônio Alcides Oestreich, que confessou a autoria do crime. Salete terá que cumprir 19 anos e 20 dias; Antônio foi condenado a 13 anos e 7 meses; e Marcos, a 14 anos.

Ontem à tarde, o delegado Guilherme Dill e agentes da Polícia Civil fizeram buscas, mas nenhum dos três procurados, foi localizado. “Mas todos sabem que estão sendo procurados e tenho informações que a Salete será apresentada por seu advogado”, revelou o titular da Delegacia de Polícia

Relembre o caso

O bancário foi morto momentos depois de chegar em sua casa, na rua Assis Brasil, no bairro Aviação, depois de participar de uma janta com amigos. Assim que entrou na residência, foi atacado por Antônio, que estava escondido dentro do imóvel, e acabou atingido por golpes de faca, morrendo no corredor da casa, próximo ao quarto onde Salete dormia, na companhia da filha.

No outro dia, pela manhã, Salete foi correndo até a Brigada Militar, distante cerca de 250 metros, e comunicou que acordou e encontrou o companheiro morto. O depoimento dela apresentou contradições e ela foi presa, suspeita de envolvimento no caso. O crime passou a ser investigado e os policiais chegaram aos nomes dos outros três envolvidos. Todos foram presos.

No dia 5 de maio de 2019, os quatro réus foram levados a júri. Salete de Azevedo foi considerada a mandante e condenada a 22 anos; Márcia Rejane Kist Severo e o namorado Marcos Roberto Cottes Figueiró, que teriam auxiliado no planejamento e execução, acabaram condenados a 18 anos cada um; e Antônio Alcides Oestreich, que confessou ter dado as facadas no bancário, pegou apenas 2 anos e 2 meses e após a sessão, saiu ‘a passos’ do Fórum. O promotor Pedro Rui da Fontoura Porto recorreu da decisão, por entender que a pena de Antônio foi inadequada, e o Tribunal de Justiça anulou o julgamento.

Em 6 de junho de 2023, os quatro voltaram a sentar no banco dos réus. A condenação de Salete foi mantida em 22 anos de reclusão; a amiga dela, Márcia, teve a pena reduzida para 16 anos e 8 meses; enquanto que o namorado dela, Marcos Roberto, continuou com a pena de 18 anos. Nesta sessão, Antônio foi condenado a 17 anos e nove meses de reclusão. Porém, todos receberam o direito de recorrer em liberdade e por isso estavam soltos. Agora, quase 8 anos depois do crime, os quatro deverão cumprir suas penas.