Na manhã desta terça-feira, 26, os desembargadores da 1ª Câmara Especial Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul julgaram os recursos solicitados pelas defesas dos quatro condenados pela tragédia na Boate Kiss, que resultou na morte de 242 pessoas e ferimentos em outras 636. O resultado do júri foi mantido, mas os desembargadores decidiram, por unanimidade, reduzir as penas dos quatro réus.
Elissandro Callegaro Spohr, Mauro Londero Hoffmann, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão seguem presos, mas suas condenações foram diminuídas. A pena de Sphor, que era de 22 anos e seis meses, passou para 12 anos; a de Hoffmann, que era de 19 anos e seis meses, reduziu para os mesmos 12 anos; e as condenações de Santos e Lão, que eram de 18 anos cada um, caíram para 11 anos cada um.
O incêndio na Boate Kiss aconteceu no dia 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria. Durante um show piroténico da banda Gurizada Fandangueira, a boate incendiou, se transformando na maior tragédia do Rio Grande do Sul e na segunda maior do Brasil, ficando atrás apenas do incêndio no Gran Circo Norte‑Americano, em Niterói (RJ), que em dezembro de 1961 resultou em 503 mortes.