A Associação Médica Brasileira (AMB) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgaram, no início da semana, um boletim de alerta sobre o aumento de casos de Covid-19 no país. Na nota, as instituições defendem a volta do uso de máscaras (principalmente para pessoas com fatores de risco, como imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades) e pedem aquisição de mais doses de vacina para garantir o aumento da cobertura vacinal, incluindo crianças de 6 meses a 5 anos, independente de terem comorbidades ou não.
Ainda no fim de semana, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde também recomendou a utilização de máscaras, especialmente pela circulação da subvariante Ômicron BQ.1. Ela não é de maior gravidade, mas tem mostrado elevada capacidade de transmissão – foi encontrada em São Paulo, onde ocorreu uma morte, no Amazonas, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Conforme dados do ministério, entre 6 e 11 de novembro, foram notificados 57.825 casos e 314 mortes. A média móvel ficou em 8.448 diagnósticos diários, representando aumento de 120% em relação à semana anterior, com 3.834. Já a média móvel de óbitos foi de 46, 28% a mais se comparado com a última semana, com 36.
Apesar do número médio no Brasil aumentar, em Venâncio Aires a situação ainda é considerada tranquila. De acordo com informações da Vigilância Epidemiológica, entre os dias 28 de outubro e 14 de novembro, foram quatro confirmações de casos novos, sendo que três estavam ativos no município, se recuperando em casa. Ao mesmo tempo, não havia internações. A reportagem consultou o Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) nesta quarta-feira, 16, e a informação é de que seguia zerado o número de internados.
O secretário de Saúde, Tiago Quintana, destacou que, neste momento, não há nenhuma medida especial que poderia impactar na rotina das pessoas. “Apenas seguimos ofertando os serviços, com testes disponíveis nas unidades básicas e vacinas também, além de seguir orientações do Estado. Por enquanto, a situação está sob controle, mas estamos atentos.”