O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) realizou, na noite de quarta-feira, 22, uma assembleia presencial em Venâncio Aires, na região dos vales do Taquari e Rio Pardo. A agenda vem sendo realizada em outros municípios do Rio Grande do Sul, com o intuito de mobilizar os profissionais da categoria na busca de valorização junto ao Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (IPE Saúde).
A reunião foi conduzida pela diretora da Região Norte do Simers, Sabine Chedid e coordenada pelo delegado da Entidade médica em Venâncio Aires, Giuliano Steil. Os representantes ouviram as demandas dos médicos na cidade, que deixaram claro o descontentamento em relação aos atendimentos por meio do IPE Saúde, tanto em razão dos baixos valores pagos pelos honorários, como pela falta de incentivo e apoio do instituto. “O sindicato vem fazendo, nos últimos quatro anos, inúmeras reuniões com o IPE Saúde, em busca de soluções. Agora, estamos em uma grande campanha para nos unirmos ainda mais, para mostrar que os profissionais do interior também estão descontentes”, relatou Sabine.
Consensualmente, os cerca de 20 médicos presentes na reunião optaram pelo descredenciamento coletivo do IPE Saúde, caso o Governo do Estado não apresente soluções para os problemas. Os médicos tinham a opção de votar em outros três encaminhamentos: paralisação das atividades eletivas, licenciamento por 90 dias e não fazer nada. Recentemente, a diretoria do Simers apresentou quatro demandas ao governo que, se espera, estejam na reestruturação que deve ser anunciada pelo Estado.
Uma delas é a atualização da tabela de honorários para 2022, que atualmente corresponde a 2008, com valores praticados desde 2014. Também estão na pauta a desburocratização no credenciamento, flexibilização para a abertura de novas especialidades no interior e a indicação de um médico para o conselho administrativo do IPE-Saúde. O Governo do Estado se comprometeu em apresentar uma alternativa até o dia 31 de março.