Cuidado, a época das viroses está aí

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Nesta última semana, a grande amplitude térmica fez parte do dia a dia de todos os moradores de Venâncio Aires e região. Pela manhã, frio e roupas de inverno e, à tarde, abafamento e sensação de calor. Esse ‘veranico’ fora de época e o frio tradicional do mês de junho podem afetar a imunidade e a saúde das pessoas. Os meses que normalmente são frios, como junho e julho, são os responsáveis por aumentar os casos de viroses de inverno, como por exemplo de doenças respiratórias e bronquiolites.

A especialista em clínica médica e terapia intensiva, Jacqueline Froemming, explica que as viroses, que são doenças causadas por vírus, ocorrem ao longo de todo o ano, mas durante o inverno, em função de características da estação, acontece um aumento expressivo das viroses que acometem o sistema respiratório, principalmente gripes e resfriados. Além do aumento das doenças respiratórias causadas por vírus, durante o inverno as doenças alérgicas, como rinite e asma, também costumam apresentar mais casos. Entre outros exemplos de viroses citados por Jacqueline estão dengue, catapora e herpes.

A médica esclarece que, no inverno, devido às baixas temperaturas e maior quantidade de chuva, a situação é favorável a uma maior concentração de pessoas em ambientes fechados e com pouca ventilação. Isso favorece a transmissão de microrganismos pelo ar (através de gotículas e aerossóis). “As variações na qualidade do ar, como o ar mais frio e seco, acabam agredindo a mucosa (revestimento) do sistema respiratório e, dessa forma, diminuindo a capacidade de defesa contra os vírus”, afirma Jacqueline, que é também a presidente da Associação Médica de Venâncio Aires (Amva).

Entre os principais sintomas das viroses respiratórias estão coriza, espirro, obstrução nasal, dor de cabeça, dor de garganta, tosse e, por vezes, febre. Diante de um quadro de virose respiratória, as pessoas devem buscar avaliação médica, especialmente quando também há presença de febre persistente, dor torácica ao respirar e falta de ar. “Nesta época, são comuns esses sintomas, e nem sempre estão relacionados às viroses. Por vezes, podem ser rinites e outros processos alérgicos e não infecciosos ou virais. A ideia é que as pessoas procurem atendimento em caso de sintomas persistentes, febre, sinais que apontem para uma pneumonia, por exemplo”, argumenta a profissional.

É preciso uma atenção especial com faixas etárias em extremos, como crianças pequenas que ainda não têm a imunidade totalmente formada, e idosos, que podem ter comorbidades. Ambos os públicos têm a possibilidade de evoluir para quadros mais graves e de forma muito rápida. Sempre que possível, o indicado é procurar a unidade de saúde mais próxima da residência para avaliação inicial e, na impossibilidade de atendimento neste local, buscar ajuda na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Jacqueline enfatiza a atenção com quadros de estado febril, dor torácica e falta de ar. (Foto: Arquivo pessoal)

Dicas de prevenção

  • Manter os ambientes arejados e higienizar com frequência as mãos.
  • Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies.
  • Pessoas com viroses respiratórias devem evitar ficar em ambientes fechados com outras pessoas ou devem utilizar máscara.
  • Manter hábitos saudáveis como alimentação balanceada, hidratação e atividade física regular, melhoram a condição física e capacidade de se defender contra microrganismos, seja um vírus ou uma bactéria.
  • Também é importante a manutenção do tratamento regular e adequado de qualquer condição crônica.
  • Fazer a vacinação anual contra a gripe e Covid-19, que diminui a gravidade da doença e as chances de complicações.


Luana Schweikart

Luana Schweikart

Jornalista formada pela Unisc - Universidade de Santa Cruz do Sul. Repórter do Jornal Folha do Mate e da Rádio Terra FM

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