Após as cheias, imobiliárias registram alta procura por aluguéis em Venâncio Aires

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As imobiliárias de Venâncio Aires registram, desde a última quinta-feira, 2 de maio, uma grande procura por casas e apartamentos para alugar. A busca está sendo feita por dezenas de famílias atingidas pelas cheias do rio Taquari e arroio Castelhano, que desalojou 23 mil pessoas no município, especialmente em bairros da região Norte (parte baixa da cidade) e nos distritos de Vila Mariante e Estância Nova.

A corretora de imóveis Kika Moura acredita que, de uma semana para outra, aumentou em 1000% a procura, o que fez com que a Moura Imóveis fizesse plantão durante o fim de semana para ajudar as famílias atingidas pelas cheias. Além disso, as oportunidades de locação estão sendo apresentadas para quem tem imóveis disponíveis. Também para facilitar para quem procura, o seguro-fiança, que substitui a necessidade de apresentar fiador para o contrato, é um benefício para as famílias. “Se torna mais prática e rápida a locação e é uma garantia pro proprietário também”, comenta.

Kika, que é diretora do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), ressalta que a orientação aos profissionais é para que auxiliem as pessoas afetadas pelas cheias. “Se todos contribuírem, se proprietários colaborarem conosco tenho certeza que ninguém vai ficar na rua”, acrescenta.

Sócio-proprietário da Idear Consultoria Imobiliária, Juliano Angnes afirma que devido à alta demanda, foi necessário fazer um plantão de atendimento presencial na semana passada – inicialmente a empresa trabalhava de forma remota devido à falta de abastecimento de água. “A demanda está bastante grande, não temos imóveis suficientes para a locação. Buscamos facilitar e agilizar para as pessoas porque perderam tudo, inclusive perderam documentação”, afirma.

Evelin Boehm, sócia-proprietária da LB Imobiliária, acrescenta que a maior procura é por casas, especialmente por pessoas que têm animais de estimação. “A procura está enorme e faltam casas. Apartamentos até temos algumas opções, mas está terminando também”, destaca. Evelin solicita para que pessoas que tenham imóveis disponíveis que façam contato pois as residências estão sendo alugadas em no máximo dois dias, de tanta procura.

Seguro

Nos últimos dias, muitas dúvidas também surgiram com relação à cobertura de seguros. De acordo com Luciano Seidel, da Mármore Seguros, o ‘alagamento’ é uma cobertura que pode ser contratada como outra, a exemplo de incêndio, vendaval ou dano elétrico, embora de forma geral não se tenha o hábito de contratar. “Nós ainda não temos esse costume, esse hábito de também contratar a cobertura a alagamento”, observa.

O profissional explica que a cobertura de alagamento é limitada a 20% a 30% da cobertura básica. “A cobertura básica seria incêndio, então se numa casa eu contrato R$ 100 mil para incêndio, eu consigo contratar no máximo de R$ 20 mil a R$ 30 mil de cobertura para alagamento”, especifica.

Seidel também esclarece que o seguro de residência é diferente do de automóvel, no qual a cobertura de alagamento já está embutida. “Todos os automóveis que recolhemos nesses últimos dias, que já foram levados para oficinas, serão indenizados, assim como aqueles que têm contratado a cobertura de alagamento. Diferente de vendaval, que nós passamos há poucos dias, enfrentamos e estamos ainda até indenizando”, reforça.

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Cassiane Rodrigues

Cassiane Rodrigues

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), atua com foco nas editorias de geral, conteúdos publicitários e cadernos especiais. Locutora da Rádio Terra FM, tem participação nos programas Terra Bom Dia, Folha 105 1° edição e Terra em Uma Hora.

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