Venâncio Aires teve, mais uma vez, diversos pontos com alagamentos no fim da tarde de terça-feira, 14, quando uma chuva forte atingiu todo o município. Em momentos como esse, o questionamento, principalmente entre os moradores das regiões afetadas, é o mesmo: o que é preciso fazer para que essa situação, que gera transtornos e prejuízos, não volte a acontecer?
Em entrevista à Rádio Terra FM, na noite de terça-feira, o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Sid Ferreira, informou que, em conjunto com a Secretaria de Planejamento e Urbanismo e os biólogos da Secretaria de Meio Ambiente, percorreu as sangas do município até elas chegarem ao arroio Castelhano. As principais são as sangas do Cambará, da Mangueira, do Arrozal e da Divisa. Esse trabalho iniciou há cerca de um mês.
Segundo o titular da Sisp, é possível perceber que elas estão bastante obstruídas, o que causa a saída de água pelos bueiros em momentos de chuva muito forte e em pouco intervalo de tempo. “Encaminhamos licença ambiental para poder colocar máquinas e desassorear todas essas sangas. Isso dará mais agilidade para a vazão da água e evitará que essas situações aconteçam”, explicou.
Na quinta-feira, 16, quando participou do programa Terra em Uma Hora, da Rádio Terra FM, Ferreira informou que o Município já tem a licença ambiental para executar o desassoreamento da Sanga da Divisa. Ela inicia no bairro Macedo, passa pelo bairro Cruzeiro, pelas ruas Jacob Becker e Sete de Setembro e segue aberta até o Loteamento Benoni, onde há uma grande concentração de esgoto, tendo em vista que ela está com a saída obstruída.
Além disso, uma sanga menor, que não tem denominação, inicia no bairro Coronel Brito e desemboca em uma canalização na rua Arnoldo Uhry, também receberá o trabalho a partir da próxima quarta-feira, 22. “Vamos abrir elas até as primeiras galerias para dar vazão a essas sangas e amenizar esse problema que está acontecendo de alagar as ruas centrais”, observou. Para realizar esse serviço são necessárias, principalmente, escavadeiras hidráulicas.
“Durante a chuva desta semana, percorri todos esses pontos. O que mais me chamou atenção é que as bocas de lobo não estão sujas. Todas estão limpas. Elas estavam jogando água para fora e, quando isso acontece, é o sinal de que a galeria está cheia. A água não tem mais onde ir e ela começa a jogar para fora.”
SID FERREIRA – Secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos
Continuidade
Na Sanga do Arrozal, que inicia no bairro Cidade Alta e sai no Loteamento Artus – ela passa, inclusive, em frente ao prédio da Rádio Terra FM e do jornal Folha do Mate -, o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos explicou que o principal problema é quando desemboca no arroio Castelhano.
De acordo com Ferreira, no passado os quatro canos não foram travados com uma contenção e, por isso, viraram e estão um sobre o outro, o que impede a saída de água e causa os alagamentos nas ruas do Centro. Como não depende de licença ambiental, o trabalho nessa sanga também deve começar na próxima na semana. “Nesse primeiro momento, vamos fazer o levantamento desses tubos, uma contenção para segurá-los e a limpeza deles”, citou.
Sid Ferreira reforçou que a limpeza das sangas será a primeira ação na tentativa de solucionar os contratempos com os alagamentos na região central. A previsão é concluir o trabalho dentro de 30 dias. “Vai resolver? Eu não sei. Mas vai amenizar bastante, porque vamos dar mais fluidez e mais vazão para que essa água possa descer e pegar o curso normal dela até o arroio Castelhano e aliviar um pouco a pressão aqui em cima”, reforçou. Ele também salientou que a revisão dos bueiros é feita periodicamente.
