Família Schuck, moradores de Linha Santana (Foto: Júlia Brandenburg)
Família Schuck, moradores de Linha Santana (Foto: Júlia Brandenburg)

No Vale do Sampaio, mais especificamente a 24 quilômetros do centro de Venâncio Aires, em Linha Santana, está localizada a propriedade da família Schuck. Nos 24 hectares de terra, de característica íngreme, a família decidiu diversificar a produção. A agricultora Tatiana Schuck, de 49 anos, é quem toca a propriedade, com o auxílio dos pais, Elmiro, de 72, e Helena, de 69 anos. Além dos 15 mil pés de tabaco, eles mantêm a produção de 800 pés de banana, feijão, pepino, uma árvore grande de nozes, entre outros produtos. “Somos agricultura familiar, temos de tudo um pouco”, conta Tatiana.

Há nove anos, Tati, como é conhecida na localidade, decidiu inovar e plantou amendoim para venda. A estimativa é que, nesta safra, sejam colhidos 50 sacos de amendoim. “A produção varia de ano para ano, conforme o clima. O amendoim gosta de clima seco e não muito chuvoso”, explica a produtora.

Entre os processos realizados por ela e pelos pais, Tatiana detalha que, após a colheita na roça, o amendoim é deixado para secar um pouco, ali mesmo na lavoura. Em seguida, é levado ao galpão, onde os grãos são retirados das ramas. Depois disso, ela os leva para uma casa antiga e bem arejada, onde permanecem secando por mais alguns dias. Assim que recebe as encomendas, Tati leva os amendoins para dentro de casa, onde são descascados. “É sagrado: todas as noites, eu e meus pais, depois da janta, temos o costume de descascar os amendoins. Depois disso, preparo conforme o cliente pede, embalo e levo até a casa deles”, conta.

O amendoim, assim como as demais culturas além do tabaco, surgiu como uma fonte de renda extra para a agricultora. A ideia é, aos poucos, diminuir a produção de tabaco, que exige um trabalho ainda mais braçal, e seguir diversificando cada vez mais a propriedade. A banana é outra cultura que deu certo e faz sucesso com os clientes. Conforme Elmiro, a produção foi incentivada pelo chefe do escritório da Emater de Venâncio Aires, Vicente Fin.

Sobre a comercialização, Tatiana explica que os principais clientes compram de forma direta, conforme chegam os pedidos, ela os direciona, faz a separação dos grãos e vende. “Depois que comecei a usar o WhatsApp, faço as vendas principalmente pelo celular. A tecnologia ajuda muito e torna tudo mais prático”, avalia.

Júlia Brandenburg

Repórter

Com foco na agricultura e no interior, também atua em pautas gerais, sempre com um olhar atento para a apuração dos fatos

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