
A direção da Companhia Rio-grandense de Saneamento (Corsan) de Venâncio Aires não fala em números, mas é alarmante a quantidade de consumidores vítimas de furtos de hidrômetros no município. Só na segunda-feira, 1º, sete moradores foram até a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) comunicar que tiveram o hidrômetro da sua casa furtado. Esse número aumenta para 27 casos, se contabilizadas a terça e a quarta-feira, 3. Além de ficar longas horas sem água, o consumidor tem que pagar pelo novo hidrômetro.
Segundo apurado pela reportagem, cada vítima de furto receberá na próxima conta, um valor de R$ 130 a mais. “Disseram que é uma indenização de R$ 130, que temos que pagar na próxima conta”, revelou uma das vítimas.
Na quarta-feira pela manhã, este morador da avenida Ruperti Filho comunicou que teve o hidrômetro furtado. Com o boletim de ocorrências em mãos, foi até o escritório da Corsan solicitar a colocação de um aparelho novo. Por conta da demanda, a troca foi agendada para o turno da tarde. “Também levaram o do meu vizinho da frente”, disse. Como os hidrômetros precisam ficar em frente às residências e com acesso facilitado para que os funcionários da Corsan façam a leitura do consumo mensal, isso também facilita a ação dos ladrões.
Um vídeo publicado nas redes sociais mostra um furto praticado no ano passado. O que chama a atenção é a habilidade do ladrão. Em menos de um minuto, ele retira o hidrômetro e foge com calma. A habilidade é tanta que nem jorra a água após o furto.
Peças metálicas
Se tem quem furta, certamente tem quem compra. A frase é antiga, dita pela hoje major Michele da Silva Vargas, quando ainda comandava a 3ª Companhia de Venâncio Aires. Ela se referia aos receptadores, que pagam pequenas quantias ou até trocam por pedras de crack os objetos furtados, como os hidrômetros e outras peças de metal.
No caso dos hidrômetros, os modelos antigos ainda têm cobre e liga de cobre (como latão) em algumas partes metálicas. O cobre também está presente em algumas conexões e roscas, que também podem ser de latão. Componentes internos, como pequenos eixos, rotores ou engrenagens, podem conter ligas metálicas com cobre.
Para evitar os furtos e os consequentes prejuízos aos consumidores, os modelos mais modernos usam plástico reforçado ou outros metais, com teor de cobre bem menor. Nos últimos dias, nenhum autor de furto ou receptação de hidrômetros foi preso.
 
											 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		