Na tarde de quinta-feira, 28, foi finalizada a 2ª edição da Olimpíada de Robótica de Venâncio Aires (Orva), desenvolvida pela Secretaria de Educação e que integra a Semana Municipal do Empreendedor. Foram nove escolas participantes, com 12 clubes de robótica, e as três melhores foram premiadas, além de uma por votação popular.
Com 408 votos de um total de 1.799 participações, o vencedor da votação popular foi o grupo de robótica Benno Maker, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Benno Breunig, que recebeu um Kit Aventura Steam 2.0. No pódio, o terceiro lugar ficou com o grupo Autobots, da Emef Dom Pedro II e, em segundo, ficou o Eletro Magnólia, da Emef Alfredo Scherer. Ambas recebem um kit de ferramentas para as escolas e, em primeiro lugar, ficou o Robonel, da Emef Coronel Thomaz Pereira, de Linha Taquari Mirim, interior de Venâncio Aires.
A Escola Coronel Thomaz Pereira recebe uma impressora 3D, que será entregue nos próximos dias. A Olimpíada de Robótica consistia em pesquisa, percurso e arena, e os vencedores apresentaram um projeto para acessibilidade para cadeirantes.
Todos os integrantes dos clubes, alunos e professores, receberam medalhas de participação. A entrega foi feita pelo prefeito Jarbas da Rosa, a vice-prefeita Izaura Landim, os secretários municipais de Educação, Emerson Elói Henrique, e de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Nelsoir Battisti, e a gerente de projetos da Escola Maker, Fernanda Canabarro, além de integrantes das equipes das pastas organizadoras.
Emoção
A professora de matemática Fabíola Griesang, orientadora do clube Robonel, diz que os alunos não acreditavam no potencial de vitória quando ela apresentou a proposta de participação e, por isso, considera a conquista tão importante. “São alunos de 6º e 7º anos do Ensino Fundamental, que duvidaram que poderiam disputar. Se dedicaram e treinaram muito (alguns, inclusive, passaram pela enchente do rio Taquari para treinar), o mérito é deles”, enfatiza.
O clube, que é bicampeão, conta com 15 alunos e criou um projeto sobre uma rampa rolante para cadeirantes, que liga automaticamente quando pessoas com deficiência se aproximam. De acordo com Fabíola, os estudantes não entendiam o potencial da tecnologia e do quanto a robótica pode ajudar as pessoas. “Agora, ao criar um projeto como esse, perceberam que podem fazer o bem para os outros, visitaram uma cadeirante e aprenderam, sim, uma questão social. É um projeto, ainda que seja um protótipo, que pode ser aprofundado posteriormente.”
Saiba mais
• Com a participação de 12 clubes, nas modalidades percurso, arena e pesquisa, a Orva teve início no ano passado, através de uma parceria entre a Secretaria de Educação e a Escola Maker. A segunda edição teve como tema ‘A potencialidade da pesquisa na construção do conhecimento’.
• Segundo a coordenadora pedagógica da Secretaria de Educação, Juliane Niedermeyer, essa edição confirma uma continuidade, pois aperfeiçoa a primeira edição. “Estamos em um contínuo crescente e a robótica está fazendo a diferença em sala de aula, com uma proposta disponível para todos os alunos”, diz.
• Juliane reitera que foi uma Olimpíada madura, com a cooperação se destacando mais do que a competição. “Foram momentos de troca e de aprendizado. Com certeza teremos uma terceira, com ainda mais sucesso”, comenta.