O indivíduo envolvido no atropelamento e morte da pequena Lívia Bernardes, de apenas 3 anos de idade, que aconteceu na noite de sábado, 19, no interior de Venâncio Aires, se apresentou na manhã desta segunda-feira, 21, na Delegacia de Polícia. Acompanhado por um advogado, o homem de 32 anos disse que está arrependido e alegou que fugiu do local, pois ficou com medo.
O homem disse em depoimento ao delegado Vinícius Lourenço de Assunção que dirigia uma VW Parati e veio à cidade para tentar contratar um ‘peão’ para a colheita do fumo. Ao voltar embora, andava por aquela localidade, pois pretendia ir até o posto Tropical (Santa Lúcia) abastecer a sua Parati.
Sobre o atropelamento, disse que andava de 40 a 50 km/h e que a criança surgiu na estrada. Ele disse que não havia ingerido bebida alcoólica. Depois, foi até sua casa, falou com sua esposa e com seu pai e decidiu não voltar ao local e se apresentar, posteriormente, na DP.
Altíssima velocidade
No registro feito na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, uma mulher de 49 anos declarou que a menina Lívia e outras crianças e adolescentes estavam jantando em sua casa e que, depois, todos iriam até uma quadra esportiva, na localidade.
Ela alegou que todos estavam às margens da estrada, esperando para atravessar, quando escutaram um estouro. A menina foi atropelada e segundo a mulher relatou, foi arremessada por cerca 20 metros. Ainda conforme o depoimento, o veículo andava em altíssima velocidade.
O delegado Vinícius disse que a perícia tentará comprovar que o condutor da Parati andava a uma velocidade superior a que ele declarou. Ele responderá pelo homicídio de trânsito e pela fuga do local.
Por isso, o delegado Paulo César Schirrmann determinou a apreensão do automóvel, para que seja submetida a perícia. “A perícia técnica é necessária para avaliarmos as condições gerais do veículo”, explicou.
