Escola João Pádua da Rosa completa 120 anos

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Neste ano, no dia 1º de abril, a Escola Estadual de Ensino Fundamental João Pádua da Rosa, localizada às margens da RSC-287, em Linha Ponte Queimada, completou 120 anos. No entanto, a diretora Lisete Dolores Deitos destaca que as comemorações do aniversário geralmente ficam para setembro, quando no dia 9 é comemorado o aniversário do patrono João Pádua da Rosa, nascido em 1902 e que em 2023 comemora 121 anos. “Em setembro, sempre fazemos atividades extras com os alunos e lanches especiais”, afirma.

Na história da escola, que teve várias denominações antes da atual, Lisete conta que a homenagem ao patrono, que é seu sogro, foi feita porque por 27 anos a escola funcionou em um primeiro prédio construído e pago por João, na sua propriedade, que fica a 200 metros de onde a escola está hoje. E a esposa, Aurora, era uma das professoras. Atualmente, o terreno é do filho Jader Ribeiro Rosa. Em 1958, o prédio atual, onde a escola se localiza hoje, foi construído.

Atualmente, a escola tem cerca de 75 alunos, vindos de localidades como Cerro dos Bois, Linha Estrela e Ponte Queimada, além do bairro Coronel Brito. A instituição é composta por turmas de 1º ao 5º anos do Ensino Fundamental e a diretora lamenta não ter mais a pré-escola, que foi retirada em 2021. A diminuição de alunos também é frequente e, segundo Lisete, isso acontece devido ao ganho de passagens de ônibus por parte das escolas da rede municipal.

Assim, os pais sentem mais segurança em matricular os filhos nestes educandários. “São vários fatores, o trecho da escola aqui também não tem um acostamento adequado e, por segurança, os pais preferem as escolas com linha de ônibus, onde os filhos descem na frente na escola e não precisam se deslocar a pé”, afirma. Apesar dos pontos negativos, a diretora destaca que frequentar a escola acontece quase que por herança familiar, já que avós, pais e agora os filhos estudam na mesma instituição. “Nossa escola é pequena, mas é um motivo de orgulho!”

Infraestrutura

A diretora destaca que a área da escola é grande, cerca de dois hectares, e nos 18 anos em que está na direção, o desejo era que fosse construída uma escola de Educação Infantil, mais salas para atender todo o Ensino Fundamental, até o 9º ano, e um posto de saúde nas redondezas. Mas, mais tarde, foi feita a ESF Tabalar.

Lisete enfatiza que a equipe da escola já trabalhou e ‘correu’ atrás destas melhorias, mas os investimentos por parte do Estado não são suficientes. Em 2004 e 2008, ela afirma que deveriam ter chegado valores do orçamento participativo do Estado, mas nunca aconteceu e ninguém soube explicar o porquê. “Nossa equipe se planeja e trabalha, mas nada se concretiza. Nos viramos do jeito que dá, fazendo ação entre amigos para pequenas reformas e contando com o apoio da comunidade escolar e parceiros”, desabafa.

No momento, a escola tem três salas de aula e uma sala de recursos. O refeitório, que antes era no salão da comunidade, foi adaptado em um corredor da escola. Além disso, tem a secretaria com toda parte administrativa e as aulas de Educação Física são realizadas no ginásio da comunidade, ao lado da escola, ou no campo. A equipe diretiva atual é formada pela diretora Lisete e pela supervisora Mara Rosani Schmitz. O educandário não possui vice-diretor, pois o cargo só é permitido em escolas com mais de 100 estudantes. Além disso, são oito professores e dois funcionários na equipe.



Luana Schweikart

Luana Schweikart

Jornalista formada pela Unisc - Universidade de Santa Cruz do Sul. Repórter do Jornal Folha do Mate e da Rádio Terra FM

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