Durante o ano letivo de 2024, as turmas de 4º e 5º anos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Ireno Bohn, de Mato Leitão, experienciaram uma atividade escolar diferente: o projeto ‘Fotografia e Arte – um olhar criativo’. Segundo a professora das turmas, Beatriz Lopes Linhar Pedroso, a atividade foi uma conexão entre fotografia e pintura.
O projeto envolveu 40 alunos, em um processo que durou dois meses, desde a captura de imagens até a finalização das pinturas. De acordo com Beatriz, a ideia surgiu do desejo de valorizar o entorno escolar, que é rico em natureza e cenários inspiradores. A proposta foi utilizar a fotografia para registrar os espaços e, em seguida, transformar as imagens em pinturas durante as aulas de Arte.
“O projeto também surgiu em um momento oportuno, já que, anteriormente, os estudantes tinham aulas de informática, mas, com a licença-maternidade da professora, houve a necessidade de redirecionar as atividades para um novo enfoque pedagógico. O envolvimento dos alunos foi notável em todas as etapas”, considera.
A fotógrafa Greice Alana Scheibler, moradora de Mato Leitão, foi convidada para compartilhar conhecimentos técnicos e dicas sobre fotografia em uma aula teórica e prática. A partir disso, os estudantes exploraram o ambiente escolar com celulares, registrando as paisagens que consideravam bonitas e significativas. Depois, durante as aulas de Arte, puderam escolher uma das imagens para reproduzir em tela, experimentando técnicas de desenho, composição e pintura. “Esse processo não apenas estimulou a criatividade, mas também proporcionou uma nova visão sobre o uso do celular como ferramenta pedagógica”, completa a professora.
As inspirações para o projeto também vieram de imagens representativas do município, valorizando o patrimônio e a identidade local. Durante visita à Casa de Cultura, as crianças tiveram a oportunidade de conhecer pintores locais e explorar diferentes técnicas artísticas, ampliando o repertório criativo e cultural.
Beatriz avalia os resultados como extremamente positivos. “Além de desenvolverem habilidades artísticas e um novo olhar sobre o espaço ao redor, os alunos demonstraram grande envolvimento e orgulho ao verem suas obras finalizadas”, diz. A culminância do projeto foi a exposição das telas na Casa de Cultura, onde permaneceram expostas por uma semana, permitindo que a comunidade pudesse prestigiar o trabalho dos estudantes. Após esse período, as obras foram devolvidas aos alunos, e se tornaram uma lembrança especial da experiência. Atualmente, Beatriz Lopes Linhar Pedroso atua como diretora da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Vó Olga, em Mato Leitão.
“A experiência do trabalho reforçou a importância de iniciativas pedagógicas inovadoras que integram diferentes linguagens artísticas e tecnológicas, incentivando os alunos a explorarem suas habilidades de forma criativa e significativa.”
BEATRIZ LOPES LINHAR PEDROSO
Professora
