Estudantes recebem premiação do Concurso de Redação ‘Tributação e Cidadania’

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Na quinta-feira, 22, o Comitê Tributário Permanente de Santa Cruz do Sul, realizou a entrega da premiação da 8ª edição do Concurso de Redação ‘Tributação e Cidadania’, no Auditório Central da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).

De Venâncio Aires foram premiados as estudantes Milena Thalia Ferreira, estudante do 9º ano da Escola Dom Pedro II, com orientação da professora Simone Kirst Hoffmann, e a aluna Gabriela Eduarda Cardoso, do 8º ano da Escola Cívico-militar Cidade Nova, com ajuda da professora Renati Bruch, as duas na categoria Ensino Fundamental. Já na categoria Ensino Médio foram premiados os alunos Mateus Siebeneichler, do 3º ano da Escola Cônego Albino Juchem, com orientação da professora Deise Daiane Kipper, e o estudante Augusto Mueller Pilz, do 2º ano do Colégio Bom Jesus, com auxílio do professor Márcio Nietsche.

Além da premiação, na manhã também ocorreu uma palestra com o tema do concurso ‘Educação Financeira’, ministrada pela contadora e conselheira do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRCRS), Cristiane Teresinha Domingues de Souza.

Apoiaram também o concurso o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da 2ª e 6ª Coordenadoria Estadual da Educação e Secretaria Estadual de Educação; as Prefeituras Municipais de Montenegro, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Vera Cruz, por meio das Secretarias Municipais de Educação, a ONG João da Silva e o Comdica de Santa Cruz do Sul.

*Com informações do Comitê Tributário  Permanente de Santa Cruz do Sul

Entidades

O Comitê Tributário Permanente de Santa Cruz do Sul é formado pela ACI Santa Cruz do Sul, Assemp, Ajesc, Comdica, OAB Subseção de Santa Cruz do Sul, Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul, Receita Federal do Brasil, Receita Estadual/RS, Seisc, Sincotec-Varp, Sinditabaco e Unisc por meio do projeto Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (NAF) do Curso de Ciências Contábeis.

  • 104 – foi o número de redações de 40 escolas que participaram do concurso, e envolveram, além de Venâncio, as cidades de Santa Cruz do Sul, Montenegro, Rio Pardo e Vera Cruz.

Redação da aluna Milena Thalia Ferreira premiada com o 1º lugar na categoria Ensino Fundamental

Seu dinheiro, suas finanças

Em minha roda de amigos é comum ouvir conversas sobre a falta de dinheiro, que o dinheiro não chega para tudo que devem fazer, mas será que eles estão utilizando e administrando o dinheiro de forma correta? O que devem, ou melhor, devemos fazer para saber gastar a renda familiar de forma correta e ainda economizar?
Vou te explicar de uma maneira bem fácil, primeiro devemos buscar conhecimento sobre o que é a Educação Financeira e Fiscal. Ter informações anotadas sobre a renda, anotar tudo que está sendo gasto no mês, ter noção de contas que foram feitas que envolvem os próximos meses, é muito importante conhecer e organizar o orçamento familiar, para assim evitar gastos supérfluos e quem sabe criar o hábito de guardar um pouco do dinheiro. De forma mais resumida é a maneira como uma pessoa e sua família entendem o universo do dinheiro e lidam com ele.
Isso vai muito além do simples ato de economizar, pois diz respeito também à consciência e saber como gastar seu dinheiro de forma correta e organizada. Temos que aprender a organizar e a administrar o nosso próprio dinheiro, controlar gastos, diminuir despesas, economizar e investir, essas são atitudes que fazem parte de um conjunto de ações que garantem o bem-estar e que só a Educação Financeira é capaz de ensinar.
Temos que ter consciência de nosso comportamento financeiro e entender como o dinheiro, as dívidas e os investimentos funcionam. Para isso devemos começar com o orçamento familiar, ele serve principalmente para equilibrar as contas de uma forma que a família possa investir em seus sonhos. Seja qual for o objetivo que sua família quer conquistar, temos que primeiro nos perguntar se tem orçamento e de onde virá o dinheiro.
O orçamento familiar é muito importante, algumas das principais vantagens está na adoção de melhores hábitos financeiros, pois com uma boa organização, prazos e limites de gastos estabelecidos, é possível evitar atraso e acúmulo de contas e, consequentemente, o gasto de mais dinheiro com pagamento de juros e multas. Os pais devem conversar com seus filhos sobre isso, pois nossa educação financeira deve começar desde o início de nossa vida, quando crianças devemos começar a ter esse ensinamento, pois se formos aprender isso quando adultos vamos acabar demorando mais e podemos até nos endividarmos e nos afundar em juros e contas abusivas por não termos esse ensinamento.

Redação do aluno Mateus Siebeneichler premiado com o 1º lugar na categoria Ensino Médio

Capacitar a base – solidificar a economia

Independente das convicções morais, imerso num sistema econômico com alicerces na ideia de capital, é o dinheiro o pano de fundo que rege a estabilidade da sociedade. Noções precárias de gerenciamento monetário nas camadas sociais mais vulneráveis causam abalos na base da pirâmide social, que se estendem ao longo de toda sua estrutura, instabilizando o próprio país e a qualidade de vida da sua população.
Próximo ao consumidor despreparado, vemos as seduções do mercado abatendo a autonomia de sua vida. Parte considerável da população não conserva o próprio dinheiro, pelo contrário, estão sujeitos a gastos de recursos que sequer possuem, por vezes buscando prestígio social no consumo não planejado ou se tornando vítimas de juros e taxas propositalmente confusas, ou mesmo de crimes de estelionato. O despreparo intensifica a fragilidade econômica, atrofia a qualidade de vida e desespera o indivíduo.
Se a ideia da educação básica é inserir jovens no mercado de trabalho e para o exercício da cidadania, como não lhes ensinar a se protegerem e estarem aptos a se desenvolver, justamente no sistema para o qual sua educação foi projetada? Se a futura base econômica não é capaz de se sustentar, ela não pode conduzir a estabilidade econômica do sistema. Disso, surge o significado de desenvolver as capacidades de gerenciamento financeiro da população. Para semear uma cultura de consumo planejado e sustentável é necessário atentar para os movimentos das próprias instituições, públicas e privadas, e suas figuras de liderança, o próprio país possui enormes dívidas e investimentos impróprios.
Grandes veículos de comunicação ou projetos de instituições financeiras podem proporcionar o incentivo a busca por esse entendimento, já que, embora as gerações de trabalhadores passem pela esteira do ensino básico, que deveria ter um modelo visando a educação financeira, isso não acontece. As empresas que oferecerem auxílios educacionais para jovens que ingressam no mercado de trabalho, das quais passam a ser consumidores ativos, devem receber vantagens na tributação para incentivar esse tratamento. Do investimento no ensino sobre finanças surge uma estável base de consumidores, capaz de suprir a si mesma e ajudar a reparar o cenário econômico do país.



Luana Schweikart

Luana Schweikart

Jornalista formada pela Unisc - Universidade de Santa Cruz do Sul. Repórter do Jornal Folha do Mate e da Rádio Terra FM

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