Samantha Longo, que por quase 8 anos coordenou a 8ª Delegacia Penitenciária Regional (8ª DPR), com sede em Santa Cruz do Sul, que tem gerência pelas casas prisionais da região, agora ocupa o mais alto escalão da instituição. Ela é a nova diretora-geral da Polícia Penal do Rio Grande do Sul.
A informação foi repassada na noite de terça-feira, 8, durante a solenidade de formantura de alunos do ensino fundamental e médio do Núcleo Estadual de Educação de Jovens e Adultos (Neeja) Mário Quintana, que funciona junto a Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva).
Em seu lugar, assumiu o policial penal Bruno Carlos Pereira. O adjunto é Luciano Pereira Dias. A Peva, que teve a estrutura física e funcional bastante elogiada pela autoridades que prestigiaram a formatura, como o promotor Pedro Rui da Fontoura Porto, a vice-prefeita Izaura Landim e o presidente do Conselho da Comunidade, Flávio Bienert, entre outros, tem como diretor, Daniel Portella.
Uma das situações enfrentadas pela diretora-geral é a superlotação das casas prisionais. Só na região da 8ª DPR faltam cerca de 500 vagas. A situação piorou com o incêndio em uma ala do presídio de Sobradinho. Samantha lembrou que em breve entra em funcionamento a Cadeia Pública (ex-Central), que disponibilizará 1.800 vagas. No Estado, o déficit ultrapassa a 5 mil vagas. Por isso, o Governo do Estado projeta a construção de quatro novas casas prisionais até o fim de 2026, disponibilizando 5.500 novas vagas.
Atualmente, cerca de 50 mil pessoas estão privadas de liberdade no Rio Grande do Sul. Dados da Assessoria de comunicação da Polícia Penal revelam que quase 30% dos presos trabalham, ou seja, 15.045 pessoas exercem uma atividade laboral. Deste total, 8.404 apenados cumprem pena em regime fechado, como é o caso da Peva, e exercem funções como de manutenção e na cozinha, por exemplo.