Mãe e filhote estão sob os cuidados de um centro de adestramento (Foto: Reprodução/FM)
Mãe e filhote estão sob os cuidados de um centro de adestramento (Foto: Reprodução/FM)

Uma situação inusitada chegou ao conhecimento da Polícia Civil de Venâncio Aires, nesta sexta-feira, 21. Os ex-tutores de uma cadela da raça pitbull, que foi recolhida em dezembro do ano passado, durante o cumprimento de um mandado judicial, solicitaram à Defensoria Pública o direito de ir visitar o animal.

A cadela pertencia a um morador do bairro Coronel Brito, que foi flagrado, através de um vídeo, dando dois tiros contra outra pitbull, que acabou falecendo. Sabendo que ele tinha outro animal da mesma raça, o delegado Paulo César Schirrmann solicitou o seu recolhimento e no dia 12 de dezembro os agentes da Polícia Civil cumpriram a ordem e retiraram a cadela dos tutores.

O animal estava prenhe e foi encaminhado a um centro de adestramento, onde pariu um cão e foi castrada. A intenção do delegado Schirrmann é encaminhá-la a adoção, mas por enquanto a cadela e o filhote seguem no centro de adestramento.

Visita

O pedido feito à Defensoria Pública foi encaminhado à Polícia Civil e os delegados Schirrmann e Vinícius Lourenço de Assunção o analisaram e não viram impedimentos. Desta forma, os ex-tutores foram autorizados a visitarem a cadela e o filhote, nascido há poucos dias.

Por outro lado, o indivíduo que matou a outra pitbull responderá criminalmente. “O processo está em andamento e ele foi indiciado por crueldade contra animal”, informou o delegado Schirrmann.

A pena é de 2 a 5 anos de reclusão, multa e proibição de tutela. Neste caso, como houve a morte do animal, há um acréscimo da pena de um terço a um sexto.

Depoimento

Na manhã desta sexta-feira, a mulher que jogou uma gata pela sacada de um prédio, no bairro Santa Tecla, em Venâncio Aires, prestou depoimento na Delegacia de Polícia.

Acompanhada por um advogado, pediu perdão pelo ato inesperado e deixou claro que ama os animais. Porém, naquele dia estava tentando dormir e a gata, que é de uma vizinha, não parava de miar e não queria sair de dentro da casa. E quando ela tentou colocar a gata na sacada, foi mordida e arranhada nos braços.

A mulher também declarou que trata uma depressão e que o filho dela foi até a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) e pegou todas as despesas veterinárias.

A gata não sofreu fraturas e está sob os cuidados da Semma.