Entre os dias 14 e 24 de abril, o céu de Torres ficou mais colorido com o 32º Festival Internacional de Balonismo, realizado no Parque Odilo Webber Rodrigues. Um dos participantes foi o morador de Venâncio Aires, Sérgio Jung, responsável pela Jung Balonismo, que falou sobre a felicidade de participar de mais um festival. “Foram muitas as emoções, dias incríveis, intensos e muito coloridos. Em um dos voos, levei uma família de quatro pessoas que tinha uma idosa de 90 anos. Ela gostou muito do passeio e falou emocionada que foi a melhor coisa que já fez na vida”, comemorou.
Segundo ele, a rotina era acordar às 5 h, pois às 6h acontecia a reunião geral para levantar voo às 7h. “Chegávamos em casa às 10h e, às 15h30min, já estávamos no ‘briefing’ novamente. Assim já montávamos o balão para decolar às 16h30min.” As atividades se encerravam por volta das 18h30min.
Jung lembrou que, em uma das provas, quando se aproximava do alvo para jogar a marca, a equipe televisiva estava lá registrando tudo de pertinho. “Meu patrocinador, a Nova Arte Construtora, virou em dentes quando a reportagem passou no Jornal do Almoço”, destacou. De acordo com Jung, o evento contou com a participação de 70 balões e não foi registrado nenhum incidente. “Fiz um voo pela cidade, no qual atingimos 1,9 mil metros de altura, próximo ao mar”, ressaltou.
As provas
Sendo repassadas durante o ‘briefing’, que eram reuniões que antecediam os voos, cada um tinha na faixa de quatro provas, nas quais o piloto jogava sua marca. A decolagem sempre acontecia de dois a três quilômetros do primeiro alvo e, às vezes, o pouso era na areia do mar. “As provas foram disputadas, onde quem jogava a marca no meio do ‘x’ fazia mil pontos.”
Jung participou com um balão maior, de 3 mil metros cúbicos de ar. “Este balão não é um balão especial para competição, pois é perfeito para fazer passeios. Portanto, ele demora mais para responder aos comandos, como descer e subir”, esclareceu.
Já os pilotos mais competitivos voaram com balões bem menores e que voam sozinhos, os chamados Balões Racing, de 1,8 mil metros cúbicos, com os quais é possível descer oito metros por segundo para corrigir o voo e se aproximar do alvo. “Mesmo assim, voando com passageiros e competindo com 70 balões, conseguimos ficar na 30ª posição”, contou.
“Foi um ótimo festival, com grande público presente. Durante a decolagem dos balões, conseguimos ver o público no parque e o trânsito na cidade parado. Superou as expectativas.”
SÉRGIO JUNG
Piloto de balão
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