
O agricultor Gilson Royer, 42 anos, morador de Linha Campo Grande, no interior de Venâncio Aires, é colono e também motorista. A data comemorada amanhã representa bem o trabalho desenvolvido por ele na propriedade de 25 hectares. Além de Gilson, residem no local também a esposa, Fernanda dos Santos Royer, 38 anos, e os filhos Bruno Gabriel, 21, e Bianca Gabriela, 14.
No trabalho na lavoura, ele recebe auxílio da esposa e do filho mais velho, já que a menina é menor de idade e estuda no turno da manhã, no 8º ano na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Coronel Thomaz Pereira, em Linha Taquari Mirim.

A propriedade foi adquirida pela família em 2007. Atualmente, os Royer possuem estufas convencionais para a cura (secagem) do tabaco, mas estão em processo de transição para uma estufa elétrica, que facilita o trabalho. Na área de terra, a família diversifica a produção. O tabaco, cultivado por muitos anos, teve uma pausa de duas safras, mas voltou a ser produzido no último ano, visto que as demais produções estavam em quebra. Desta vez, a família cultiva 60 mil pés de tabaco.
Gilson e o filho também conduzem a produção de 170 hectares de soja, com parte das terras arrendadas em Venâncio Aires e Vale Verde. Além disso, produzem milho e comercializam silagem. “O caminhão é utilizado para transportar nossa produção e também para entregar a silagem”, afirma.
“O agricultor tem uma empresa a céu aberto”
Natural de Linha São João, localidade vizinha de Linha Campo Grande, Gilson Royer cresceu vendo a família trabalhar com a agricultura. Para ele, representar tanto a classe dos colonos quanto a dos motoristas é motivo de muito orgulho. Ele ressalta que a classe trabalhadora é persistente e enfrenta adversidades todos os anos. “Viemos de uns cinco anos com prejuízos e produção ruim por conta do clima. É seca ou é chuva demais. O agricultor tem uma empresa a céu aberto e precisa dar conta de tudo isso, pedindo para que São Pedro cuide do tempo”, pontua.

No trabalho com a propriedade, ele também vê o seu espelho no filho Bruno, que, após concluir os estudos do Ensino Médio, decidiu permanecer em casa e auxiliar na produção rural. Já a menina, embora tenha tempo para se formar na escola, também tem planos de seguir na agricultura, mas pretende realizar cursos de qualificação na área ou uma graduação.