A entrevista ocorreu por meio do projeto ‘Mateando na casa dos candidatos’, que tem apoio da Erva-Mate Elacy. A transmissão ocorreu ao vivo pelo 105.1 FM e também em vídeo, no Terra Play, no YouTube.
Giovane Wickert foi o anfitrião do último episódio do programa ‘Mateando na casa dos candidatos’, na manhã desta sexta-feira, 6. Junto com a esposa Cristiane, 43, companheira de vida há 24 anos, os filhos Augusto, 12, e Rafaela, 5, a mãe Ilse, 79, e a cadela Lola, o candidato à Prefeitura de Venâncio Aires pelo PSB divide a rotina, que precisa conciliar os compromissos da vida política, empresarial e pessoal.
A infância de Giovane, como lembrou em entrevista à Rádio Terra FM e Folha do Mate, tem origem na parte baixa de Venâncio Aires, nas proximidades do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR). A própria residência, à época alugada, era de propriedade do então presidente da entidade. Filho único, o menino teve que aprender a fazer amizades. “Sempre tive muita facilidade para ter amigos. Até porque se eu quisesse brincar, não tinha irmão”, contou.
Vida política
Ao longo da sua trajetória profissional, o prefeiturável teve passagens por setores diversos da economia. Começando por uma tabacaleira, aos 17 anos, passando por uma loja de tintas, até chegar à Câmara de Vereadores da Capital do Chimarrão, onde se encontrou de forma definitiva: “Comecei como assessor legislativo, depois fui assessor de deputado estadual e depois de deputado federal.” A caminhada o levou a ser vice-prefeito do município ao vencer o pleito em 2008, ser reeleito em 2012 e ganhar as eleições municipais como prefeito em 2016.
O interesse pelo tema surgiu ainda na infância. “A primeira lembrança que eu tenho da política é em 1984, com as ‘Diretas Já’ e me chamava a atenção naquela TV de 14 polegadas que a gente tinha, e eu olhava o que era aquele movimento e a eleição de Tancredo Neves. Eu lembro que torcia pelo Paulo Maluf, então perdi a primeira eleição. Mas nem sabia o que cada um defendia, era uma torcida de criança”, contou. O seu pai, falecido no ano passado, também foi uma grande influência dentro de casa: “Ele tinha sempre uma opinião muito forte sobre política, dava muita discussão na família, porque cada um defendia um lado. Mas ali me chamava a atenção pensar por que cada um tinha uma opinião diferente.”
Nascimento dos filhos
Wickert elencou como um dos maiores desafios da sua vida o nascimento dos filhos. O primeiro a vir ao mundo foi Augusto, em 2012, em um dia que pegou a família de surpresa. “Eu estava em uma reunião do Rotary Chimarrão e a Cris me mandou uma mensagem, porque eu não estava atendendo o telefone. Ela tinha ido na consulta com a médica, que disse ‘vai nascer hoje’. Ela estava tentando me avisar, mas eu jamais imaginava, só sabia que ia na médica. Ela me mandou assim ‘Tu vai ser pai, vai nascer hoje’. Aquele momento foi bom, tinha vontade de sair falando para todo mundo”, contou. Sete anos depois foi a vez da Rafaela. “É sempre um grande desafio, porque a partir de então tu tem mais compromisso, mais uma pessoa que vai viver sempre contigo”, afirmou.
Caixinha com as máscaras, o objeto especial
Como forma de relembrar o período mais difícil pelo qual o mundo – e, consequentemente, Venâncio Aires – passou nas últimas décadas, Giovane Wickert elegeu como objeto especial a caixinha com as máscaras que a sua família usava durante o período de pandemia de Covid-19, que durou de 2020 a 2022. O candidato pelo PSB era o prefeito da Capital do Chimarrão no primeiro ano da crise sanitária.
“Iniciou algo que nós não tínhamos noção do que representaria, porque era um inimigo invisível. As máscaras foram uma marca que ficaram naquele período em que todo mundo saía para a rua protegido. A gente deixou nesse estojinho as máscaras de cada um. Tínhamos várias, mas cada um guardou uma. Era um momento em que todo mundo precisou buscar resguardo e superação”, disse.
Giovane destaca esse como o maior desafio da sua gestão como prefeito, embora tenha enfrentado também outras adversidades, como enchente, seca e crise econômica. Para ele, o momento em que a Administração Municipal teve a real dimensão do problema foi quando precisaram cancelar as aulas: “Todo dia tinha reunião às 8h com a equipe de saúde e da economia para decidir as ações do dia. Cada dia era um momento diferente.” Além disso, o ex-prefeito foi um dos primeiros 50 venâncio-airenses a testar positivo para o vírus.
Mate curto
- Família: é a base de tudo.
- Chimarrão: símbolo da hospitalidade do povo gaúcho.
- Time do coração: Grêmio.
- Uma qualidade sua: esforço e dedicação.
- Um defeito seu: teimosia.
- O que você nunca fez e gostaria de realizar? Concluir o curso de inglês e tocar numa banda.
- Algo que você sabe fazer e quase ninguém sabe? Andar de moto.
- Se você não fosse empresário e político, qual profissão você admira e gostaria de ser? Engenheiro.
- Onde você levaria um turista em Venâncio? Centro de Atendimento ao Turista.
- O que mais te orgulha em Venâncio? Hospitalidade e voluntariado do povo de Venâncio Aires.
- Algo que incomoda em Venâncio e se você pudesse, mudaria? Comparação com Lajeado e Santa Cruz.
- Uma obra que você faria em Venâncio? UTI neonatal.
- Política: arte de melhorar a vida das pessoas.
- Uma qualidade da tua candidata a vice-prefeita? Muito qualificada.
- Qual é, para você, o maior desafio de disputar as eleições para prefeito? Ser o mais votado e dividir o tempo com a família, com o trabalho e levar as propostas à comunidade.
O que define cada um dos candidatos:
Cândido Faleiro Neto (PT): persistente.
Maciel Marasca (PP): estreante.
Jarbas da Rosa (PDT): artificial.
O que define você? Esforçado.
Assista ao programa na íntegra
