Grupo Sacyr apresenta três estruturas novas visando a duplicação da RSC-287

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*Texto atualizado às 17h23min do dia 19 de maio para acréscimo de informações

Uma das obras de infraestrutura mais esperadas na região e, até mesmo, no Rio Grande do Sul, está em andamento. Apesar de ainda não ser possível ver na pista a obra de duplicação da RSC-287, nos bastidores o trabalho já é intenso, especialmente no que diz respeito à montagem de estruturas que garantirão a qualidade dos materiais que serão utilizados durante todas as etapas de execução do projeto.

Na terça-feira, 16, a imprensa regional foi convidada pelo Grupo Sacyr, do qual a concessionária Rota de Santa Maria faz parte, para conhecer as novas estruturas. A visita guiada, que contou com presença do diretor-geral da Rota de Santa Maria, Leandro Conterato, e de outros técnicos da concessionária, iniciou na sede da empresa, na Avenida Independência, no bairro Renascença, em Santa Cruz do Sul.

No local, o grupo pôde conhecer o funcionamento do Centro de Controle de Operações (CCO), de onde são monitoradas 80 câmeras instaladas ao longo da rodovia – esse número deve chegar a 300, para que todos os pontos sejam mapeados. Atualmente, são atendidas 1,2 mil ocorrências por mês. Nesse total, são contabilizadas solicitações que exigem o envio de recursos para o local. Além dessa modalidade, ainda existem as ocorrências de controle. O montante dos dois tipos de atendimentos chega, em média, a 1,8 mil a cada 30 dias.

Outro dado informado pela empresa diz respeito aos acidentes de trânsito, que variam de 60 a 70, mensalmente. Hoje, completam-se 120 dias sem acidentes com morte na RSC-287, o que é motivo de comemoração para a empresa. Isso porque uma das principais metas é proporcionar mais segurança viária e, consequentemente, a redução de mortes.

Controle de qualidade

Após conhecer o Centro de Controle de Operações, o grupo seguiu para a Fábrica de Pré-Moldados de Concreto do Grupo Sacyr, que funciona no bairro Várzea, em Santa Cruz do Sul. No momento, a empresa tem trabalhado para garantir o estoque de insumos que serão utilizados na obra de duplicação, como tubos e bueiros.

O principal objetivo da Sacyr é garantir a qualidade do produto que será utilizado e ganhar agilidade na execução dos serviços realizados na região. No momento, cerca de 50 pessoas trabalham na estrutura. Contudo, quando a produção das vigas e elementos que serão usados em pontes e viadutos, por exemplo, iniciarem, o que está previsto para os próximos meses, esse número deve chegar a 130.

Segundo o diretor-geral da Rota de Santa Maria, Leandro Conterato, realizar esse processo internamente garante controle total do processo de produção e as informações tecnológicas de forma detalhada. “Serão estruturas com durabilidade longa, o que diminui a manutenção lá na frente, levando com consideração que temos a concessão da rodovia por 30 anos. Isso aumenta a qualidade e a confiabilidade dos elementos produzidos”, explicou. Atualmente, a capacidade de produção diária do local é de 40 peças. Os dispositivos usados na etapa de drenagem e das galerias já foram feitos no local. “É feito o controle de qualidade antes de sair da obra”, acrescentou Conterato.

Usina de britagem

Situada em Linha Andréas, no interior de Vera Cruz, a Usina de Britagem do Grupo Sacyr é um dos braços que já em ação nos bastidores da obra de duplicação da RSC-287. O britador móvel usado no local foi trazido de um projeto que era realizado no Uruguai.

Depois, esse mesmo equipamento será movido para Tabaí e, futuramente, para Candelária, conforme as próximas etapas da obra acontecerem ao longo da rodovia. Novamente, a intenção da empresa é garantir melhor qualidade de insumos e assegurar maior controle em todo processo para que os produtos tenham uma vida útil mais longa.

Os técnicos do Grupo Sacyr explicaram que o material extraído da pedreira é triturado pela manhã e uma amostra é coletada pelo laboratório da própria empresa, para que seja feita a análise da qualidade. Se o resultado for positivo, o serviço tem continuidade. O mesmo processo ocorre durante a tarde. A usina conta com oito trabalhadores e com a produção mensal que varia de 25 mil a 30 mil toneladas com a realização de apenas um turno de trabalho.

No momento, o trabalho no local é feito em um turno. Com o andamento da obra de duplicação, serão realizadas duas etapas de trabalho, uma delas destinada aos serviços de manutenção. A usina instalada em Vera Cruz será responsável por produzir 900 mil toneladas de diversos tipos de pedras, do total de 2,6 milhões que serão necessários para executar a obra em toda a extensão da RSC-287.

Em Linha Andréas, interior de Vera Cruz, funciona a Usina de Britagem do Grupo Sacyr (Foto: Taís Fortes/Folha do Mate)

Testes na Usina de Asfalto devem iniciar em julho

Está em fase de instalação a Usina de Asfalto do Grupo Sacyr, também no interior de Vera Cruz. Ela deve começar a operar em julho, com a realização dos testes. O equipamento foi trazido de uma obra que a empresa realizou na Irlanda e terá a capacidade de produção de 260 toneladas por hora, com o carregamento que varia entre 14 e 15 caminhões pelo mesmo período de tempo.

O equipamento é composto por cinco silos e, após a pedra sair deles, passa por um processo de secagem, para que ela fique praticamente sem nada de umidade, o que garante maior qualidade ao asfalto. Os técnicos explicaram que o processo realizado no local é descontínuo. Apesar de ser mais caro, ele garante mais qualidade para o asfalto.
Eles ressaltaram que, a partir desse trabalho, é possível controlar toda confecção do asfalto. Caso exista algum erro, é mais fácil identificá-lo. “A empresa quer controlar o máximo possível os serviços e garantir mais conforto para os usuários da rodovia. Uma estrutura nova é projetada para durar 10 anos, mas normalmente isso não acontece, por diversos fatores, como a sobrecarga e as condições climáticas”, observou o diretor-geral da Rota de Santa Maria, Leandro Conterato.

Ele também mencionou que a Rota de Santa Maria trabalha na fase de intervenções nos pontos mais críticos da RSC-287. Segundo ele, muitas vezes isso pode causar desconforto ao usuário da estrada, mas é necessário. “É um remédio amargo que se toma para conseguir curar esse problema de estrutura da rodovia, que é histórico”, salientou.
O material produzido na Usina de Asfalto será suficiente para atender tanto a demanda de recuperação dos trechos que necessitam de reparos quanto na obra da duplicação, mesmo quando esses trabalhos acontecerem simultaneamente. Todas essas etapas são acompanhadas pelo trabalho de laboratórios.

Um deles, inclusive, está sendo erguido junto à sede administrativa do Grupo Sacyr, no bairro Jardim Europa, em Santa Cruz. No momento, a Rota de Santa Maria e o Grupo Sacyr têm 650 colaboradores e no pico da obra esse total deve chegar a 900, As empresas têm buscado, também, formar mão com profissionais da região.

Usina de asfalto que foi usada em uma obra na Irlanda deve começar a operar em julho, com a realização de testes (Foto: Tais Fortes/Folha do Mate)

Mais equipamentos

  • Além de mais câmeras em todo o trajeto da RSC-287 – o número passará de 80 para 300 -, a rodovia receberá 21 controladores de tráfego, que serão instalados no início e no fim das principais intercessões.
  • Conforme o Grupo Sacyr, isso possibilitará um melhor mapeamento da rodovia e do fluxo de veículos em trechos com mais dificuldade de locomoção. Também serão instalados sete radares e duas lombadas eletrônicas. Até agosto de 2024, ainda serão colocadas duas balanças.


Taís Fortes

Taís Fortes

Repórter da Folha do Mate responsável pela microrregião (Mato Leitão, Passo do Sobrado e Vale Verde) e integrante da bancada do programa jornalístico Terra em Uma Hora, da Terra FM

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