Histórias e experiências de um churrasqueiro voluntário

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O churrasco está presente nas mesas e comemorações dos gaúchos, principalmente nas festividades das entidades e comunidades. Em grande parte dos casos, quem atua na preparação do prato típico dos gaúchos são churrasqueiros voluntários.

Roberto José Meurer, 50 anos, é um deles. O industriário aprendeu a preparar o churrasco com apenas 16 anos, quando trabalhava como garçom em um restaurante local e, com atenção, observava a preparação dos pratos. Depois disso, aprimorou seus conhecimentos com o sogro Benno Becker e com o cunhado Paulo Becker, que participavam da Comunidade de Sapé, fazendo o churrasco das festas.

Antes mesmo de iniciar as atividades voluntárias, Meurer fazia churrasco para os amigos. Entre um mate e outro, relembra as tantas histórias vividas com Marcelo Loeblein, falecido no ano passado, “Uma vez, fizemos um costelão para nossos amigos, na Avenida João Artus, iniciamos às 5h”. Além disso, os amigos também foram alguns dos responsáveis por preparar o ‘Churrasco do Teló’, no 3° Festival de Balonismo, em 2019.

Churrasqueiro Voluntário

Há mais de cinco anos, Meurer, ao lado de Jorge Fagundes, é responsável pelo preparo do churrasco nos eventos do CTG Chaleira Preta. A entidade realiza alguns eventos voltados para a culinária gaúcha, como o ‘Festival de Assados’ e o ‘Bagual Chefe’, além do tradicional costelão – realizado no dia 20 de setembro.

No entanto, a responsabilidade dos encarregados da cozinha não começa no dia do evento. “Pesquisamos preços, o que vamos fazer, onde vamos comprar. A ideia é sempre servir da melhor forma o nosso público”, destaca Meurer. De acordo com o churrasqueiro voluntário, a preparação do tradicional costelão inicia um mês e meio antes do evento, com a verificação de lenha, além da procura por qualidade e preço.

“Trabalhamos com ideias e sugestões para que possamos evoluir, inovar e oferecer pratos diferentes para quem participa dos eventos do CTG”, diz, ao se referir ao ‘Festival de Assados’, realizado em março, quando foram servidos 13 tipos de carne assada, com uma equipe de cerca de 50 voluntários. Em um dos eventos realizados pela entidade foram 400 almoços. “Assamos em torno de 300 quilos de carne”, afirma Meurer.

Os filhos de Roberto e Líria Becker Meurer, Leonardo e Eduardo, 12 e 17 anos, respectivamente, já participam da equipe de voluntários do Chaleira Preta. “Esse é o lado bom, ter a família envolvida”, enfatiza Meurer.

Eduardo, Líria, Roberto e Leonardo são voluntários na cozinha do CTG Chaleira Preta (Crédito: Marina Mayer)


O segredo de um bom churrasco

Conforme Meurer, o segredo para assar um bom churrasco é gostar muito, além de preparar a refeição com bastante capricho e ter uma equipe excelente. “Sozinho não se faz nada, tem que estar disposto e querer participar, pois é um trabalho voluntário em prol de uma causa maior”, considera.

A diferença na preparação do churrasco, de acordo com Meurer, depende do cardápio que vai fazer. “No costelão assado, por exemplo, é só salgar. Na costela ou no lombo recheado, tem todo o processo de recheio que deve ser feito antes de colocar a carne para assar. O segredo é a prática”, comenta o voluntário.

Dia do Churrasco e Chimarrão

Neste domingo, 24 de abril, é celebrado o Dia do Churrasco e Chimarrão no Rio Grande do Sul. A comemoração nesta data é, também, uma homenagem à fundação do primeiro Centro de Tradições Gaúchas do mundo – o 35 CTG, que foi constituído em 1948, em Porto Alegre. A Lei 11.929, de 20 de junho de 2003, institui o Churrasco como prato típico do estado.

    

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