Ser agricultor foi uma escolha para Fernando André Bergmann, de 30 anos. Mesmo tendo experimentado outros caminhos profissionais, foi na agricultura que ele encontrou o caminho certo. “Trabalhar na agricultura é o que realmente eu gosto”, afirma. Desde a infância, ele acompanhava o trabalho da família na localidade de Linha Isabel e, depois de alguns anos trabalhado em uma marcenaria, decidiu voltar a trabalhar com a terra.
Há quatro anos, o agricultor reside com a namorada Liciane Posselt em Linha Antão, no interior de Venâncio Aires. Na propriedade, Bergmann conta com o auxílio no trabalho com o irmão Maiquel. Juntos, eles cultivam 35 hectares de soja, 12 de milho e 10 de trigo. Mais recentemente, Fernando passou a investir também na produção de tabaco, com 17 mil pés plantados. “Eu e ele temos uma sociedade na lavoura do trigo, milho e soja. O tabaco é separado. Mas ele ajuda sempre que pode”, conta.
A diversificação de culturas na propriedade foi uma das estratégias utilizadas por ele para que o trabalho fosse dar certo. “A questão da diversificação também é para não depender só de uma cultura. Uma cultura não oferece o desejado, a gente tem outra cultura. O tabaco é mais rentável em espaços menores, já o trigo não é tão vantajoso em questão de agregar valor, mas é uma cultura muito bonita e boa de trabalhar”, explica.
Além da produção própria, ele também presta serviços agrícolas para terceiros. “Fazemos do plantio à colheita do milho, pulverização e também o preparo de terra”, detalha.
Bergmann pontua que entre os desafios enfrentados na lavoura, está a instabilidade climática, com anos seguidos de seca e, mais recentemente, enchentes, somada aos altos custos dos insumos. “O trabalho na agricultura requer desafios que são constantes. Portanto, quando enfrentamos problemas com situações climáticas, precisa ter um gerenciamento bom e também persistência para que o trabalho siga firma e forte”, pontua.
HOMENAGEM DO STR AOS JOVENS
Desde 1985, o Dia Nacional da Juventude Rural é comemorado no dia 15 de julho. A data, instituída pela lei 7.033, faz referência à criação do primeiro Clube de Jovens Rurais, o Clube 4-S São José, em 1952, em Minas Gerais. Em reconhecimento à importância dos jovens que optam por permanecer no campo, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), por meio de sua Diretoria e da Comissão de Jovens, vai promover ao longo deste mês, uma série de entrevistas com jovens de diferentes comunidades do interior. Um dos entrevistados foi o Fernando Bergmann.
Com ligação também da data comemorativa, na quarta-feira, 16, no salão do STR, a partir das 18h30min, vai ocorrer uma palestra de técnica com controle de vermes e parasitas internos e externos em bovinos, com veterinário Nelson de Souza. No dia também haverá uma roda de conversa sobre o papel do jovem nas entidades e no espaço de decisão, com participação do coordenador regional dos sindicatos do Vale do Rio Pardo e Baixo Jacuí, Cristian Wagner.