Durante os 55 anos de atuação do Sindicato Rural de Venâncio Aires no município, diversos sócios passaram pela entidade. O presidente Ornélio Sausen ressalta que há um grande movimento de novos associados, principalmente jovens, o que representa um motivo de alegria para a instituição. Um destes casos, é Jonas Schwingel, de 33 anos, morador de Linha Taquari Mirim, no interior da Capital do Chimarrão. Para Sausen, o jovem se destaca pelo comprometimento com a agricultura e pela dedicação à propriedade da família. “O Jonas é muito dedicado, tanto com a pecuária quanto com a produção de soja”, ressalta.
Pelos campos e lavouras de Linha Taquari Mirim, desde criança ele já demonstrava interesse pela agricultura. Hoje, administra junto com o pai, Juarez Schwingel, 61 anos, a propriedade de 150 hectares, conhecida como Invernada Vale do Cristo. A mãe, Marli, 58, é responsável pelos afazeres de casa e por preparar a comida quentinha. Pai e filho trabalham em sociedade, cada um com seus afazeres. Ao todo, têm cerca de 300 cabeças de gado, com atividades de cria, recria e engorda. “Meu pai gosta muito da pecuária, e eu também. Mas sempre tive interesse por maquinários e curiosidade em cultivar algo. Um amigo me sugeriu plantar soja, e desde então sigo nessa atividade. Atualmente, estou com 85 hectares de soja”, conta.
Segundo o agricultor, a ligação com o Sindicato Rural começou quando completou 18 anos e decidiu permanecer na propriedade para seguir na agricultura e fez seu próprio bloco de produtor. Na época, chegou a prestar serviço militar no 7º Batalhão de Infantaria Blindado (BIB), em Santa Cruz do Sul, mas depois disso optou por retornar ao meio rural para trabalhar com crescimento da propriedade. “Eu e meu pai, que também é associado, participamos todos os anos da viagem para a Expointer, promovida pelo Sindicato, e também utilizamos os convênios de saúde, com a carteirinha”, afirma.
Trabalho na propriedade
O chimarrão e os cachorros são os maiores companheiros do jovem agricultor. A rotina de Schwingel inicia cedo na lavoura. Segundo ele, o trabalho é de segunda a segunda, seja quente, frio, dia de chuva ou de sol. “Para ser agricultor é preciso de resiliência. A minha escolha foi construir a minha vida aqui. Este é o meu lugar. Vejo tantas outras realidades de jovens que desistem ou acabam deixando de plantar. Tem seca, enchente e anos que a produção não é desejada. Para isso, é preciso de muita força de vontade e saber gerenciar muito bem o seu próprio negócio”, pontua.