Segundo o presidente do PT de Venâncio Aires, Cesar Schumacher, o sentimento pós-votação é de alívio. “Nos sentíamos sufocados frente a um governo que promoveu uma política de destruição e fez mal ao país”, sustenta. Schumacher espera que o presidente recém-eleito promova novamente a união dos brasileiros, para que a pressão e o tencionamento comece a descomprimir em favor dos brasileiros.
A comemoração, de acordo com o presidente local do partido, não freou a alegria, mas foi mais contida. “Também em respeito à maioria dos eleitores de Venâncio Aires, que sabemos, são do lado oposto, e para dar nossa contribuição de começar a ter melhores relações pessoais”, justifica. A expectativa do petista é que este novo governo refaça as políticas que vão ao encontro da maioria da sociedade e, principalmente, dos que mais precisam.
“Retornamos ao mapa da fome. São 33 milhões de pessoas com insuficiência nutricional, e em uma área tão importante para o país como é a educação, sequer sabemos o nome do ministro. Passaram cinco titulares pela pasta que não deixaram legado algum”, diz. Schumacher destaca que quando Lula exerceu a presidência, por oito anos, se postou bem, frente a estas áreas, e deve refazer isso novamente. Também citou a saúde, responsável pelo enfrentamento da pandemia, e em âmbito local, com preocupação para o Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), que enfrenta déficit mensal de R$ 900 mil. “As expectativas são as melhores, também na agricultura familiar e na cultura, onde teve nenhum tipo de trabalho feito pelo governo atual”, conclui.
“Talvez o pior legado que tenha ficado é esta divisão da sociedade, onde se fazer a discussão sobre política e a defesa de ideias virou um grande problema. As pessoas acabaram se afastando e não conseguem mais conversar em um nível civilizado.”
CESAR SCHUMACHER
Presidente do PT de Venâncio Aires
Esperança de dias melhores
Um dos eleitores presentes na comemoração da eleição de Lula foi o médico André Puglia, 63 anos. Ele comenta estar feliz pelo povo brasileiro ainda prezar pelas propostas de amor contras as de ódio. “Isso me dá tranquilidade, estava assustado achando que o ódio tomou conta, mas o amor venceu e isso é muito importante”, afirma. Entre as propostas que espera que sejam efetivadas está a maior geração de empregos e a melhora da renda da população, que segundo ele perdeu poder aquisitivo nos últimos anos. “Tenho certeza que será a prioridade de Lula para que os excluídos façam parte novamente do mapa das pessoas com condições mínimas de vida”, acredita.
A militante do PT, filiada no partido desde 1986, Rosange Lehmen de Moraes, 60 anos, diz que o momento é de alegria. “Sou defensora não só da educação, mas da ciência, saúde e cultura, e quero que o Brasil seja feliz de novo”, comenta ela, que também já foi candidata a vice-prefeita, vereadora e secretária de Educação de Venâncio Aires. Rosange destaca que o presidente eleito deve ouvir toda a população brasileira. “Me arrepio falando, temos um país de cultura e povo tão ricos, que produzem de tudo, de norte a sul do país, e podemos ser uma comunidade autossuficiente”, observa.
A militante afirma que Lula sabe desta potencialidade, deve investir na ciência e dar condições para escolas e universidades. “Sou educadora e sabemos que temos gênios espalhados por este país. E quem descobre eles é a educação”, finaliza.
“O voto no Lula é isso, a democracia do direito das pessoas defenderem as suas bandeiras. O Brasil é para todos, tem espaço para todo mundo aqui.”
ROSANGE LEHMEN DE MORAES
Militante do PT
PT de Venâncio Aires
• Cesar Schumacher destaca o empenho e o grande esforço dos líderes locais do partido em atividades e caminhadas, principalmente nas últimas semanas. Mas, no momento, não faz nenhum tipo de avaliação em benefício do partido local com o resultado da eleição de Lula. “Estamos há duas legislaturas sem representantes na Câmara de Vereadores e isso é uma dificuldade. Felizmente tivemos a posição corajosa de duas mulheres eleitas (Ana Cláudia, do PDT, e Sandra Wagner, do PSB) que optaram pelas políticas defendidas por Lula. Precisamos desta representação, mas vamos tratar disso mais à frente”, afirma o presidente.