Linfomas como parte de doenças do sangue e do sistema linfático

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O Fevereiro Laranja, destinado à prevenção das doenças do sangue e do sistema linfático, está acabando, mas a prevenção deve continuar o ano todo. O mês foi marcado pela conscientização e alerta para o tratamento destas doenças e quem fala sobre o assunto, principalmente sobre os linfomas, é a hematologista e oncologista Bruna Copstein Fischer.

A profissional ressalta que os linfomas são um tipo de câncer dos glóbulos brancos, que ficam no nosso sistema linfático. Este sistema é composto por linfonodos ou ínguas, fígado e baço, e são responsáveis por filtrar a linfa – líquido que circula pelo sistema linfático – e combater vírus e bactérias presentes nela. “É um grande sistema de defesa que possuímos.”

Segundo Bruna, a doença não é causada por nenhum fator específico, mas por alterações sucessivas nessas células de defesa. “Algumas infecções crônicas por alguns vírus como HIV, hepatites e o epstein-BAAR vírus podem ser fatores que estimulam essas alterações”, afirma. O público mais atingido pela doença são pessoas com imunodeficiências e portadores de HIV e hepatite. O Linfoma de Hodgkin – que se espalha de forma ordenada de um grupo de linfonodos para outro grupo – atinge principalmente pessoas jovens, dos 15 aos 44 anos. Já os Linfomas Não Hodgkins – que se espalham de maneira não ordenada e podem começar em qualquer lugar do corpo -, são diagnosticados em pessoas mais idosas, acima dos 60 anos. O Linfoma Não Hodgkin pode surgir nos gânglios linfáticos em qualquer parte do corpo, enquanto o Linfoma de Hodgkin geralmente começa na parte superior do corpo, como pescoço, tórax ou axilas.

É preciso ficar atento para o surgimento de ínguas que podem crescer em qualquer região do corpo, principalmente se forem endurecidas, ou notar inchaço no abdômen, assim como a febre diária sempre no fim da tarde, emagrecimento e suor noturno. Bruna destaca que é importante as pessoas procurarem atendimento médico assim que surgir algum sintoma de alerta.

A médica afirma que não há prevenção específica para os linfonodos, mas que as atividades físicas e dietas saudáveis são atitudes que auxiliam o nosso organismo a combater células malignas. Para o tratamento da doença, são feitas quimioterapias, radioterapias ou a associação dos dois métodos, quando necessário.

Linfoma é o mesmo que leucemia?

• A hematologista e oncologista Bruna Copstein Fischer explica que os linfomas são tumores malignos que provêm de células de defesa chamadas linfócitos, e que se desenvolvem dentro de órgãos como os linfonodos (ínguas), fígado, baço, estômago, intestino, entre outros.

• Já as leucemias são doenças malignas que provêm de outro tipo de glóbulo branco, que vem de dentro da medula óssea e que circula no sangue também para combater micro-organismos, sendo então uma doença que aparece diretamente no sangue.

“O diagnóstico precoce eleva as taxas de cura e, por vezes, a possibilidade de tratamentos com doses menores.”
BRUNA COPSTEIN FISCHER
Hematologista e oncologista



Luana Schweikart

Luana Schweikart

Jornalista formada pela Unisc - Universidade de Santa Cruz do Sul. Repórter do Jornal Folha do Mate e da Rádio Terra FM

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