Com a incerteza em relação ao repasse de R$ 800 prometidos pelo Governo Federal no início de setembro, a Administração Municipal optou pela distribuição de R$ 1 mil às famílias atingidas pelas cheias do rio Taquari e que ainda não haviam sido contempladas com outros recursos financeiros nos eixos econômico, social agrícola e fazendário do programa municipal ‘SOS Mariante’. A lista com 150 famílias aptas a receber o auxílio foi anunciada na sexta-feira, 22, e gerou polêmica nas comunidades atingidas.
Os principais alvos de questionamentos são a repetição de membros da mesma família e, também, o nome de pessoas que não moram em áreas atingidas pelas águas. Com isso, a secretária municipal de Planejamento e Urbanismo, Deizimara Souza, explicou que a lista não está finalizada e novas atualizações podem ser anunciadas. “Precisamos da ajuda da comunidade para apresentar os casos irregulares, não divulgaremos nada, apenas necessitamos desse auxílio, para isso, é necessário entrar em contato com a Prefeitura ou com as secretarias”, destacou, em participação no programa Terra em Uma Hora, da 105.1 FM, na terça-feira, 26.
Critério
Segundo Deizimara, foram utilizados dados das secretarias de Habitação e Desenvolvimento Social, Saúde, Desenvolvimento Rural, Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, além da Defesa Civil. Com o cruzamento destes dados, somados aos cadastros no ‘SOS Mariante’ foram definidos os nomes. “Além disso, não receberão o auxílio aqueles que já foram beneficiados com outros recursos, seja na esfera municipal, estadual ou federal”, completou.
A lista de pré-selecionados está publicada no site da Prefeitura e, desde terça-feira, 26, os pré-selecionados estão convocados a apresentarem comprovante de residência, RG, CPF e uma conta bancária para depósito junto a Estratégia de Saúde da Família (ESF) de Vila Mariante.
O projeto de lei, aprovado na Câmara de Vereadores, pode atender até 400 famílias, que estão cadastrados no ‘SOS Mariante’, realizado ainda em setembro. Para chegar a este cálculo, baseado nos 1.490 cadastros, é utilizado como base o número de três a quatro pessoas por residência. “Anteriormente, o recurso seria repassado por pessoas e, agora, é por famílias. Então, por isso é necessário novamente se deslocar para a Estratégia de Saúde da Família (ESF) Mariante e apresentar os dados.”
Polêmica
Deizimara afirmou que os nomes foram divulgados para que haja esclarecimentos, como, por exemplo, de beneficiados que não são moradores da região ou de famílias com dois membros na lista. “Algumas pessoas participam do projeto de má-fé e quando chegamos a um resultado assim, podemos excluir da lista esses casos e averiguar a situação pontual de cada um. Todas as informações que as pessoas tiverem, para nos ajudar, de pessoas já beneficiadas ou repetidas, vamos analisar um por um”, enfatizou a secretária.
“O movimento precisa ser das famílias para repassar as informações, tanto de quem está na lista para, quanto de quem não foi contemplado. É um momento muito importante, porque recebemos várias reclamações e precisamos dessa comunicação, para explicar caso a caso, para que seja analisado e, se preciso, realizaremos até visitas domiciliares.”
DEIZIMARA SOUZA
Secretária municipal de Planejamento e Urbanismo
Caso você esteja apto, é preciso apresentar a documentação pessoal e do grupo familiar e uma conta para depósito na ESF de Vila Mariante. Assim, quando identificado o grupo familiar, será feita nova triagem para averiguar alguns casos, pois apenas um responsável familiar receberá o valor. “Vamos repassar ao máximo de pessoas possível, mas o momento é de foco e análise de quem realmente tem o direito. Ainda assim, o objetivo é chegar nas 400 famílias.”