Por Leonardo Pereira e Débora Kist*
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, nesta sexta-feira, 5, que a Covid-19 não configura mais emergência em saúde pública de importância internacional. Conforme a entidade, após mais de três anos, o vírus se classifica como “problema de saúde estabelecido e contínuo”.
O Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional da OMS destacou a tendência decrescente de mortes por Covid, o declínio nas hospitalizações e nas internações em unidades de terapia intensiva (UTI) e os altos níveis de imunidade da população.
O prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, diz que, na prática, tanto a Capital do Chimarrão, quanto o Rio Grande do Sul e o Brasil, já trabalham a Covid-19 como uma doença que necessita de continuidade no acompanhamento, avaliação, tratamento e nas medidas preventivas, como a vacinação. Segundo o chefe do Executivo, os trabalhos serão continuados, tanto nas unidades de atenção primária à saúde, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM). “Continuamos da mesma maneira, trabalhando para o melhor diagnóstico e tratamento de pacientes que possam vir a ter Covid-19”, destaca.
Já o secretário municipal de Saúde, Tiago Quintana, informou não devem existir mudanças após o anúncio da OMS, pois os casos estão sob controle e, de acordo com ele, isso mostra que a vacina se faz eficiente e as campanhas para vacinação serão mantidas. “É um momento simbólico, a humanidade ter superado um dos momentos mais complicados da história. Mostra a importância da ciência e do quanto podemos nos organizar como humanidade para passar por esses problemas.”
Quintana ainda pontua sobre os cuidados que se manterão após a pandemia, como o uso de álcool em gel, que limitou diversas outras doenças. Contudo, ele diz aguardar a decisão da OMS sobre os afastamentos temporários de positivados e qual a eficiência atual desse controle.
“Entretanto, isso não significa que a Covid-19 chegou ao fim enquanto ameaça global de saúde. Na semana passada, clamava uma vida a cada três minutos e essas são apenas as mortes das quais nós temos conhecimento”, destacou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Ao encontro do pronunciamento dele, está a avaliação da médica infectologista Sandra Knudsen, importante nome de Venâncio Aires na linha de frente contra a Covid. “O vírus continua circulando e representando risco, principalmente para os idosos e pessoas com outras comorbidades. O fim da emergência internacional se deve à diminuição do número de casos e de óbitos mundiais, mas o quadro não é homogêneo em todos os países. Vamos ver o que o Brasil define de mudanças na prática depois dessa declaração.”
Dados da OMS indicam que 765,2 milhões de casos foram confirmados no planeta até o momento, além de quase 7 milhões de mortes registradas. Ainda de acordo com a OMS, 13,3 bilhões de doses de vacinas contra a doença foram administradas em todo o mundo.
*Com informações da AI Prefeitura e Agência Brasil