Morador dos EUA, venâncio-airense fala sobre chegada do furacão Milton

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Radicado na Flórida, nos Estados Unidos, o venâncio-airense Henrique Rosa, 33, vive momentos de apreensão junto à família. O empresário e engenheiro, casado com a também natural da Capital do Chimarrão Eduarda Espíndola – grávida do pequeno Dom -, 34, e com os filhos gêmeos Raví e Gael, 4, disse, no programa jornalístico Folha 105 – 1ª Edição, da Rádio Terra FM, ontem, sobre as expectativas para a chegada do furacão Milton, que pode ser o mais agressivo dos últimos 100 anos no país norte-americano, de acordo com o presidente estadunidense, Joe Biden. A expectativa das autoridades é de que a catástrofe climática começaria entre a noite de hoje e as primeiras horas de amanhã.

Rosa, porém, explicou que a região onde reside, em Winter Garden, localizada próximo à cidade de Orlando, não deve ser tão atingida pelos ventos, que podem ultrapassar a marca dos 200 quilômetros por hora no local mais crítico. Por isso, a família optou por se isolar em casa. O ponto que deve ser mais fortemente afetado é Tampa, distante cerca de 2h30min. De acordo com os avisos enviados pelos sistemas meteorológicos, a expectativa é de que o furacão atinja a região onde mora nas categorias 2 ou 3. Em Tampa, por exemplo, a intensidade era projetada para 5 (mais alta) e depois passou para 4.

Segundo a Escala de Saffir–Simpson, que serve como base para medição desses fenômenos naturais, a categoria 2 prevê ventos de 154 km/h a 177 km/h, enquanto a 3 projeta de 178 km/h a 208 km/h. O nível mais alto, o 5, estima vendaval acima de 252 km/h.

Estado preparado para o furacão Milton

Furacões não são novidade na Flórida. As regiões costeiras são constantemente atingidas por estes eventos, por isso o estado tem um forte trabalho na prevenção nas regiões prioritárias. Todos os moradores da região litorânea de Tampa, por exemplo, receberam ordem para deixar as suas casas e buscar refúgio em regiões seguras. O trabalho é realizado pelas Forças Armadas, que vão às ruas para remover a população e orientá-la.

Aplicativos de monitoramento alertam, em tempo real, sobre a chegada do furacão. “Mostram como está o furacão, onde e quando deve chegar. Há um protocolo muito bem definido. Há alertas, mensagens, policiais passam pelas ruas com megafones, se é mais grave. Existe realmente aqui uma preparação muito melhor. Começamos a receber alertas domingo. A gente já sabia que seria um furacão categoria 5 que poderia baixar para 4”, explicou Rosa.

Nas demais regiões, como onde a família venâncio-airense mora, não há ordem de evacuação, mas ainda assim há recomendação de uma série de cuidados. “Aqui a gente vive uma expectativa também sobre o pós-furacão, de ter problemas com o acesso a determinadas vias. Normalmente, nessas condições, as pessoas ficaram três dias sem poder sair de casa, então por isso todo mundo indica estocar água e alimentação que não precise de energia elétrica, porque aqui os fogões são por energia elétrica. Temos que buscar sobrevivência para uns cinco dias isolados”, contou.

Além disso, as residências instaladas à beira-mar, em sua maioria, já são projetadas para oferecer maior resistência a ventos fortes e ao impacto de objetos que possam ser arremessados. Janelas, portas e vidros costumam ter maior capacidade para não cederem nessas situações e comprometer os objetos internos das moradias. O empresário também afirmou que muitas das casas são de veraneio, então os proprietários têm residências em outra região.

Por que os furacões têm nome de pessoas?

A Organização Meteorológica Mundial (OMM), responsável por nomear furacões, defende que o uso de nome de pessoas ajuda a reforçar o impacto das advertências, facilita a memorização da população e auxilia a imprensa para se referir ao fenômeno natural.

Veja a entrevista na íntegra



Juan Grings

Juan Grings

Repórter de geral na Folha do Mate e produtor na Rádio Terra FM.

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