A sessão da Câmara de Vereadores de Venâncio Aires da noite desta segunda-feira, 23, foi marcada por uma manifestação de moradores do bairro Battisti. Empunhando cartazes e em silêncio durante todo o tempo em que estiveram no Plenário Vicente Schuck, cerca de 15 pessoas protestaram contra o que classificam como abandono de uma das regiões mais pobres da Capital do Chimarrão.
A principal queixa está relacionada com a cheia do Arroio Castelhano, que mais um vez ocasionou alagamentos em residências do bairro que ficam mais próximas do curso d’água. No entanto, também foi destacada a demora para pavimentação de ruas do Battisti que há tempo teriam sido anunciadas. Os representantes da comunidade pedem providências ao Poder Executivo, com urgência.
Morador do bairro, o vereador Everton Dias (PDT) afirmou que as pessoas que foram até a Casa do Povo teriam sido mobilizadas por um partidário “que concorreu a vereador” e que teria a intenção de desgastar o governo do prefeito Jarbas da Rosa (PDT), a quem eram dirigidos alguns dos questionamentos constantes nos cartazes. O presidente da Câmara, Dudu Luft (PDT), também fez pronunciamento neste sentido, mas ainda foi mais longe. Ele criticou o colega Robson Nunes, o Robinho (PSB), por ter pressionado Everton Dias diante dos moradores. “Politicagem”, declarou.
No momento em que utilizou a tribuna. Robinho reforçou a condição de Everton Dias de morador do bairro Battisti e disse que deixaria para ele a resolução dos problemas que foram apresentados pela comunidade. O socialista afirmou que uma das ruas a serem pavimentadas teria recursos disponíveis no montante de R$ 300 mil, mas o serviço não foi realizado. Também questionou os motivos pelos quais as ações de desassoreamento do Arroio Castelhano não começaram pelo Battisti. “É porque o bairro é dos mais humildes?”, indagou o vereador do PSB.