Iniciou ontem, em Venâncio Aires, a campanha de Multivacinação de crianças e adolescentes de até 15 anos. A atividade seguirá até o dia 28 de outubro e o Dia D está programado para o próximo sábado, 21, das 8h às 16h, na maioria dos postos de saúde.
Em entrevista ao programa Terra em Uma Hora, na sexta-feira, 13, a enfermeira coordenadora do Setor de imunizações, Janete Fernandes de Souza, explicou que a campanha é nacional, começou na parte Noroeste do país e, agora, chegou na região Sul.
O objetivo, segundo ela, é de atualizar as cadernetas de vacinação e resgatar vacinas que estão pendentes para muitas crianças e adolescentes. “Queremos aplicar as vacinas que, por algum motivo, ainda não foram feitas, que os pais acabaram não levando. Estaremos disponíveis para aumentar e melhorar as coberturas vacinais”, afirma.
Neste período da campanha, Janete destacou que os profissionais avaliarão as cadernetas e indicarão caso seja preciso fazer alguma vacina. Ela também lembrou que a Unidade Básica de Saúde (UBS) Central, há mais de um ano, tem horários estendidos nas quartas e sextas.
Nestas duas semanas de campanha, também haverá vacinação nas segundas, até as 19h. Para vacinar, é preciso levar no mínimo a caderneta de vacinação, mas o aconselhado é portar também um documento, como o CPF, para registro da vacina no sistema.
A expectativa de adesão à campanha, segundo Janete, é muito boa, já que serão mobilizados diversos profissionais, que estarão à disposição em dois sábados seguidos para atendimento. Ela evidenciou que os esquemas de vacinação seguidamente estão se modificando, então é importante que a caderneta seja avaliada para checar se alguma vacina precisa ser feita.
Prevenção em dia
Na manhã de ontem, primeiro dia da campanha, Elisandra Maidana Coelho, 35 anos, levou a pequena Gabrielly Miadana Gerlach, 6 meses, para fazer uma das vacinas do esquema e atualizar a caderneta. Ela recebeu a última dose da vacina pentavalente, que protege contra múltiplas doenças.
A mãe, que é analista de documentoscopia, destacou que sempre acompanha a caderneta para estar em dia e prevenir que a filha pegue qualquer tipo de doença, que pode ser evitada com as vacinas. A irmã Nicolly, 12 anos, acompanhou a irmã e a mãe na Unidade Básica de Saúde (UBS) Central. A família é moradora do bairro Aviação.
Postos abertos no Dia D (sábado, 21)
- Das 8h às 16h: UBS Central, UBS Gressler, UBS Santa Tecla, ESF Santa Tecla, ESF Gressler, ESF Coronel Brito e ESF Battisti.
- Das 8h às 12h: Posto de saúde de Vila Deodoro, Santa Emília, Centro Linha Brasil, Mariante e Tabalar.
- Dia 28 de outubro, das 8h às 16h: UBS Central e ESF Macedo.
Horários de vacinação
UBS Central
- Segundas, quartas e sextas-feiras – das 7h30min às 11h e das 13h às 19h
- Terças e quintas-feiras – das 7h30min às 11h e das 13h às 16h30h
- Turno estendido na segunda somente no período da campanha
UBS Gressler
- Segundas, terças, quartas e quintas-feiras – das 9h30min às 12h e das 13h30min às 18h
- Sextas-feiras – das 9h30min às 12h e das 13h30min às 15h
UBS Santa Tecla
- Segundas, terças, quartas e quintas – das 9h às 11h e das 13h30min às 16h
- Sextas-feiras – das 9h às 11h e das 13h30min às 15h
ESF Gressler, ESF Santa Tecla, ESF Coronel Brito
- Segundas a quintas-feiras – das 9h às 11h e das 13h30min às 16h
- Sextas-feiras – das 9h às 11h
UBS Santa Emília
- Das 9h às 11h30min e das 13h15min às 16h
UBS Centro Linha Brasil
- Das 7h30min às 11h30min e das 13h às 17h
UBS Deodoro
- Das 9h às 11h30min e das 13h às 16h
UBS Tangerinas
- Segundas – das 7h30min às 11h30min e das 13h às 16h
- Terças – das 13h às 16h
- Quartas – das 7h30min às 11h30min
- Quintas – das 13h às 16h
Vacinas disponíveis na campanha
- Para crianças: BCG, Poliomielite, Hepatite B, Rotavírus humano (VRH), DTP+Hib+HB (Penta), Pneumocócica 10 valentes, Meningocócica C (conjugada), Febre Amarela (Atenuada), Sarampo, Caxumba, Rubéola (SCR), Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela (SCRV), Hepatite A (HA), Difteria, Tétano, Pertussis (DTP), Difteria, Tétano (dT), Papilomavírus humano (HPV), Varicela e Pneumocócica 23-valente (Pncc 23*), vacina indicada para população indígena a partir dos 5 anos de idade.
- Para adolescentes menores de 15 anos: Hepatite B (HB recombinante), Difteria, Tétano (dT), Febre amarela (Atenuada), Sarampo, Caxumba e Rubéola (SCR), Papilomavírus humano (HPV), Meningocócica ACWY (conjugada) e Pneumocócica 23-valente (Pncc 23), vacina indicada para população indígena.
Preocupação com a procura pelas vacinas
A enfermeira coordenadora do Setor de Imunizações, Janete Fernandes de Souza, explicou que as coberturas de algumas vacinas estão caindo em todo o país e existe o risco de algumas doenças voltarem a afetar crianças e adolescentes. A cobertura ideal para a maioria das vacinas é de 95%, mas, por exemplo, a Vacina Inativada Poliomielite (VIP), que protege contra a paralisia infantil, fechou o ano de 2022 com a cobertura vacinal em 84%.
“O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde estão alertando para o risco da volta de algumas doenças, como a poliomielite, que no Brasil está erradicada, mas em países próximos, como no Peru, já teve novos casos e é bem perto da gente. Se muitas crianças estão sem a vacina, desprotegidas, é fácil se contaminar”, alertou.
A contraindicação de vacinar acontece somente nos casos em que a criança está febril. Dessa forma, o indicado é adiar a vacina até que a febre passe, para que o sintoma não seja associado à vacina. “São raros os casos adversos e, quando acontecem, o Estado é notificado e fazem uma investigação. Falando da vacina contra a Covid-19, que se tinha muito receio, por exemplo, não tivemos nenhum caso de reação grave em crianças”, comparou.
Janete reforçou que, quando necessário, os pais ou responsáveis podem tirar dúvidas com os profissionais no momento da aplicação para verificar se há alguma contraindicação, de acordo com a doença ou situação da criança.
“A vacina é muito segura. Houve períodos históricos em que ela ajudou muito a humanidade. Anos atrás não se questionava a ação da vacina, sempre foi muito seguro fazer e, tirando a vacina contra a Covid-19, que é mais nova, todas as outras são feitas há muito tempo.”
JANETE FERNANDES DE SOUZA
Enfermeira coordenadora do Setor de Imunizações