As más condições da VRS-816, que liga o bairro Grão-Pará à RSC-453, são tema constante de reclamação por parte dos moradores da região e usuários da rodovia. A municipalização da VRS-816 vem sendo pautada desde junho do ano passado, quando o prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, confirmou que iria protocolar o pedido para que o Município passe a ser responsável pela manutenção da via.
Construído há 30 anos, o asfalto está esburacado e em péssimas condições de trafegabilidade. A responsabilidade pela via é do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), já que pertence ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul. No entanto, conforme o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisp) de Venâncio Aires, Sid Ferreira, a equipe municipal vem realizando frequentes operações de tapa-buracos.“Na próxima semana, a equipe vai realizar novamente o trabalho. O trecho começa no monumento e passa por uma revisão até a RSC-453, identificando os buracos e aplicando asfalto frio para melhorar as condições de tráfego e garantir mais segurança para os motoristas”, explica Sid.
Na semana passada, o prefeito Jarbas da Rosa esteve no Palácio Piratini, em Porto Alegre, onde se reuniu com o governador Eduardo Leite. Por lá, o prefeito se encontrou com o deputado estadual Airton Artus para tratar do processo de municipalização da VRS-816, que liga a cidade a Vila Palanque, passando por Linha Travessa.
Conforme o secretário municipal de Governança, Tiago Quintana, a municipalização faz parte de um pacote de transferências de rodovias estaduais para os municípios, e a expectativa é de que o processo seja encaminhado à Assembleia Legislativa nos próximos dias, para que os deputados aprovem a municipalização da rodovia.
A partir da municipalização, a Prefeitura poderá encaminhar a obra de recapeamento. A ideia é que ela abranja o trecho entre o bairro Grão-Pará e o trevo de Vila Palanque. Quanto ao orçamento, ainda não há um projeto de engenharia com valores exatos, mas a estimativa é de R$ 8 milhões para os seis quilômetros do trajeto. “É difícil precisar prazos específicos, pois podem surgir imprevistos, como problemas em licitações, contratempos e questões de recursos. No entanto, estamos trabalhando para que o processo avance o mais rápido possível”, afirma Quintana.
Expectativa
Luís Antônio Costa, 70 anos, reside na área urbana de Venâncio Aires, mas se desloca diariamente há pelo menos cinco anos para o Gigante da Travessa, onde atua como ecônomo. Ele aguarda a municipalização com expectativa, devido às condições precárias da pista. “O pior é em dias de chuva, pois fica muito difícil dirigir. Agora é esperar os trâmites da municipalização, mas já dá para perceber que alguns buracos foram tapados”, comenta.
Acesso à RSC-453
Outra via de grande importância para a comunidade dos bairros Grão-Pará e São José é o chamado Corredor Wickert, que dá acesso à RSC-453. Devido ao intenso tráfego de caminhões, a manutenção da estrada, que não é asfaltada, é uma preocupação constante para os moradores.

O proprietário da Madeireira Wickert, Rene Wickert, expressa a preocupação com os buracos. “Por algum tempo, eu mesmo fiz reparos na estrada, pois minha madeireira recebe um grande fluxo de caminhões pesados. Se trata de uma via movimentada e essencial, que precisa de mais atenção por parte do Município”, considera.
De acordo com o titular da Sisp, Sid Ferreira, a manutenção da estrada é de responsabilidade do Município e ocorre sempre que necessário. “É um acesso importante, utilizado como desvio por quem segue em direção à RSC-453”, afirma o secretário.