Municípios retomam discussão sobre aterro sanitário regional

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A implementação de um aterro sanitário regional está de volta à pauta dos municípios que integram o Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale). De volta porque os dois anos de pandemia deixaram o assunto em ‘stand by’, depois de ter sido levantado com força ainda em 2019. Na época, inclusive, as Prefeituras de Venâncio Aires e Pantano Grande oficializaram interesse em sediar um aterro.

Passados quase três anos da apresentação do Plano Estratégico Regional de Gestão dos Resíduos Sólidos, a expectativa é por avanços nos próximos meses, mas isso está condicionado à reformulação do documento. “A empresa avaliou na época sobre as necessidades e utilização dos recursos, mas veio a pandemia e ficou parado. A discussão foi retomada agora pela Amvarp e na última reunião [junho] pactuamos de que a empresa precisa atualizar dados e deve trazer novas propostas, já que passaram três anos”, informou o prefeito de Venâncio, Jarbas da Rosa.

Ainda conforme ele, uma das discussões se refere ao destino final dos resíduos. “Em alguns locais do Brasil já se discute a incineração do lixo como alternativa aos aterros sanitários, para incentivar a produção de energia. Então esse também é um aspecto para, quem sabe, evoluir. Fato é que vamos decidir e resolver regionalmente a questão dos resíduos.”

Custos

Questionado se manteve o município como candidato para receber um aterro regional (hoje Venâncio leva o lixo para Minas do Leão, a 123 quilômetros), Jarbas da Rosa informou que todos aguardam a nova proposta. “Isso é a empresa quem dirá. Precisa levar em consideração a extensão da área e não pode ter conflitos ambientais e sociais. Tudo é embasamento técnico, mas claro que ter um local o mais próximo possível diminuiria muito os custos.”

Atualmente, a empresa Ecopal faz o transporte da Usina de Triagem, em Linha Estrela, até o aterro de Minas do Leão – contrato de R$ 58 mil por mês. Além disso, Venâncio ainda tem acordo com a Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), que faz o destino final no aterro sanitário, e investe mais R$ 100 mil mensais.

Mas os gastos com resíduos não são apenas esses, já que existe o contrato com a Terraciclo Coleta, para recolhimento na cidade e no interior – R$ 208 mil por mês; e com a Cooperativa Regional de Catadores dos Vales do Taquari e Rio Pardo (Cootralto), que trabalha na usina de triagem – R$ 32,5 mil mensais. São quase R$ 400 mil por mês ou R$ 4,7 milhões por ano.

Necessidade

Pelo plano apresentado em 2019, o valor estimado para um aterro de pequeno porte (100 toneladas por dia) seria de R$ 7,8 milhões e R$ 32,9 milhões um de médio porte (800 toneladas/dia). A projeção do Cisvale, há três anos, era a necessidade de um aterro com capacidade mínima de 200 toneladas/dia para atender todos os municípios.



Débora Kist

Débora Kist

Formada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) em 2013. Trabalhou como produtora executiva e jornalista na Rádio Terra FM entre 2008 e 2017. Jornalista no jornal Folha do Mate desde 2018 e atualmente também integra a equipe do programa jornalístico Terra em Uma Hora, veiculado de segunda a sexta, das 12h às 13h, na Terra FM.

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