Durante a abertura oficial da 21ª Expoagro Afubra, na manhã desta terça-feira, 21, a maioria dos discursos de políticos e de lideranças representativas de produtores levantou um assunto que já pauta as discussões há mais tempo: as consequências da estiagem.
Como se trata de um problema que afeta diretamente a agricultura familiar (público para o qual a feira é voltada), as reivindicações foram levadas diretamente ao governador Eduardo Leite, que esteve em Rincão Del Rey, Rio Pardo.
“A questão da estiagem precisa ser trabalhada, pensar meios, como a construção de reservatórios”, apontou o presidente da Afubra, Benício Werner. Representando a Assembleia Legislativa, o deputado Edivilson Brum (MDB), também falou da urgência da pauta. Esses produtores tão resilientes e que buscam conhecimento, também vivem momentos difíceis, de quebra de produção, com a estiagem castigando. Hoje, para a maioria, investir em irrigação é algo inatingível. Então precisa de um plano de governo para trabalhar isso, porque nada é tão atual e urgente como a irrigação.”
Da Câmara Federal, falou o deputado Heitor Schuch (PSB). “A Expoagro é palco para o debate, as reivindicações. Já se falou em diversificação, em convenção quadro. E agora a seca que se repete e tem os seguros que se precisam depois de safras frustradas.”
Diante dos discursos em comum, o governador Eduardo Leite afirmou que o Estado vai investir recursos em irrigação. “Nós trabalhamos para o Estado voltar a ter capacidade de investimento. Asseguro que haverá, por parte do governo, investimento para subsidiar os produtores para irrigação. Vamos apresentar, em breve, um plano com bancos de investimentos. Mas não basta o recurso, precisa de uma legislação moderna.”
Tabaco
Além da estiagem, outra preocupação apontada pelo presidente da Afubra, Benício Werner, foi em torno da defesa da produção de tabaco. “Um setor que desenvolve ações em toda cadeia produtiva, não pode ser visto como vilão”, destacou.
Sobre isso, o governador Eduardo Leite falou em respeito e respaldo para o setor. “Podem ter certeza de que sempre haverá o respeito e o respaldo com a produção de tabaco, porque entendemos sua importância econômica e para as famílias. Uma coisa são os impactos na saúde, outra coisa é condenar a produção. Então o setor pode contar com nossa participação.”