Moradora de Linha Seival, interior de Santa Cruz do Sul, a família Schuster vive a cultura do tabaco há décadas. Desde que casaram, Gerson Luís Schuster e Lisane Teresinha Schuster, de 52 e 47 anos, se dedicam à fumicultura, atividade que herdaram dos pais. Ela em Linha Pinheiral, ele em Linha Seival, onde hoje cultivam 80 mil pés de tabaco.
O casal começou a produção junto com os pais de Gerson, Lauro e Irocena Breunig e, juntos, chegaram a cultivar 120 mil pés de tabaco. Depois de alguns anos, Gerson e Lisane assumiram a produção sozinhos. Ela comenta que a agricultura sempre foi algo presente na sua vida e nunca pensou em fazer algo diferente. “Eu gosto desta liberdade de ficar na rua, o contato com a terra, de fazer meus próprios horários de trabalho. Não me imagino fazendo outra coisa, trabalhando com outra cultura”, afirma.
A esposa do Gerson e mãe do Arthur Gabriel, de 7 anos, ficou responsável pela propriedade sozinha por 12 anos, já que o marido se dedicou ao ramo de transportes no período. “A principal dificuldade é a mão de obra, já que na colheita exige mais pessoas. E outra que dependemos totalmente do clima”, observa.
Parceria com a CBT
A produção da família é comercializada para a China Brasil Tabacos (CBT) há 10 anos. Por meio do incentivo e indicações dos orientadores agrícolas, são adotadas práticas sustentáveis e de conservação do solo, para melhores resultados, como a adubação verde e plantio direto.
A família também tem investido em melhorias como fornos de grampo, que promovem controle na temperatura e umidade, sendo mais eficaz na secagem das folhas de tabaco – hoje são quatro estufas convencionais e dois da nova tecnologia. Os Schuster também estão com um projeto para instalação de energia fotovoltaica. “A rentabilidade do tabaco é boa, temos um bom retorno e tudo o que conquistamos é por conta do tabaco. Por isso vale investir para melhorias na produção”, avalia Lisane.