A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) de Venâncio Aires promoveu, na última sexta-feira, 23, a Noite de Campo sobre a cultura da soja. Pela primeira vez, o evento foi realizado à noite, a exemplo de como foi feito na Noite de Campo do milho, no mês passado. A atividade ocorreu na propriedade de José Armindo da Rosa e do filho João Vanderlei da Rosa, no Acesso Imperatriz Dona Leopoldina.
Conforme o gerente da Afubra de Venâncio Aires, Tiago Maracci, 245 pessoas participaram da atividade, que contou com 14 estações, com foco em adubação folhear, adjuvantes, manejo de pragas, controle de ervas daninhas e tratamento do solo. Maracci destaca que o objetivo é que as tecnologias e inovações apresentadas sejam utilizadas dentro das propriedades. “Procuramos levar a informação para o produtor. Além de aproximar a Afubra da comunidade e dos produtores”, comenta.
A opção pelo turno da noite foi para fugir do calor e, também, facilitar a participação do produtor, em um melhor horário. “Na Noite de Campo do milho, tivemos mais de 300 participantes, e aqui também tivemos um resultado positivo. Esperávamos um número menor, mas o pessoal aderiu ao formato noturno e tem sido bem produtivo”, diz.
Atualizados
O casal Dali e Carmem Reis, de 66 e 62 anos, respectivamente, de Vila Santa Emília, que produz milho, soja e trigo, não perde nenhuma edição do evento. Dali e Carmem produzem milho e soja há 43 anos – que também é o tempo que são casados -, enquanto que o trigo vai para o sexto ano. “Aprendemos muito nesses eventos, sempre há novidades, podemos tirar dúvidas e, por isso, é importante”, detalha Carmem.
A produtora acrescenta que a agricultura se modifica muito rapidamente e, por conta disso, é necessário estar sempre atento. “Hoje, se piscarmos os olhos, estamos atrasados, e não podemos ficar para trás”, comenta. Já Dali Reis enfatiza a mudança climática que ocorre ano após ano e que essa instabilidade obriga maiores cuidados. “Este ano, por exemplo, foi muito chuvoso e a planta desenvolve rápido. Por conta do solo úmido, o fungo se alimenta mais fácil. Não pode tirar o olho”, complementa.