O grande perigo do verão: confira dicas para evitar afogamentos

-

Uma alternativa bastante recorrente para quem busca fugir dos dias quentes que o verão sempre traz é a água. Mar, piscina, açude, rio, lagoa, entre outros, costumam receber muitos visitantes nesta época do ano. Porém, o que também cresce nestes dias são os casos de afogamentos. Para tentar coibir esses índices, anualmente o Governo do Estado lança a Operação Verão Total, que distribui guarda-vidas por todo o território gaúcho.

Por outro lado, existem muitos outros locais que são buscados pela população que não tem a supervisão de um profissional. Embora a recomendação do Corpo do Bombeiros seja priorizar locais com guarda-vidas, a sua aposta também está na informação. “A prevenção se torna a ferramenta mais importante para evitar os afogamentos, através de campanhas educativas, conhecimento por parte da população sobre os riscos e o respeito aos limites, a utilização de sinalização nas áreas de banho, bandeiras e placas”, disse o sargento Paulo César Foletto, do Corpo de Bombeiros Militar de Venâncio Aires, em participação no programa Folha 105 – 1ª Edição, da rádio Terra FM, no último dia 26.

Conforme Foletto, 70% das mortes acontecem em rios, represas e açudes. Só no Vale do Rio Pardo já foram três nesta temporada, todas nestes ambientes: dois em Candelária e um em Santa Cruz do Sul. “Tivemos enchentes e enxurradas recentes em nossa região. Os rios e os arroios mudam suas características após esses eventos climáticos. Formam buracos através da erosão, trazem galhos, a água fica barrenta, suja. Dificulta ver esses buracos, os galhos, as pedras. Isso aumenta o risco de incidentes”, explicou.

Porém, é importante também ter muita atenção às piscinas, especialmente com crianças, que precisam sempre estar sob supervisão. Embora sejam ambientes mais controlados que os demais, muitos acidentes ocorrem justamente por imprudência.

NADAR AJUDA

Estar na água pode ser uma situação estressante para muitas pessoas. Nesse caso, saber nadar passa a ser uma solução muito eficaz até mesmo para a segurança dos banhistas. Segundo a professora de natação Zeni Regina da Silva, da Altavida Academia, chegam alunos de todas as idades, especialmente no verão, para aprender a nadar. No entanto, ela pondera que o ideal seria que novos interessados chegassem meses antes da estação mais quente do ano, uma vez que leva tempo se desenvolver todas as habilidades de natação e ficar confortável na água.


No verão chegam alunos de todas as idades interessados em aprender a nadar (Foto:
Ismael Stürmer/Terra FM)

“Aprender a nadar em uma piscina, num ambiente seguro e controlado, como aqui na academia, e com os professores ao redor, que tem instrução para poder desenvolver essa atividade, dá bastante segurança, mas também mostra os limites. Aprender a nadar e desenvolver essas técnicas de natação te dá mais segurança em um caso emergencial”, contou o aluno da academia Itor Rosa.

Ainda que nadar ajude bastante, em se tratando de mares, rios e açudes, por exemplo, nem sempre basta. A própria Zeni afirma que, quando não é uma piscina, costuma ser bem conservadora: “O respeito com as águas tem que ser mantido. Por mais que eu tenha domínio dos movimentos, eu não sei o que ela pode me trazer. Eu não conheço a profundidade de alguns lugares, não sei se vou conseguir superar a onda”.

Cuidados para evitar afogamentos

Em piscina:
– Crianças nunca podem ficar sozinhas
– Evite correr nas bordas
– Use escadas para subir e descer
– Cerque o local
– Não deixe animais soltos

Em rio, açude, mar, entre outros:
– Não entre em rio com corredeiras
– Se não tiver corredeira, água no máximo no joelho
– Em caso de estar em corrente de retorno, nade em paralelo, nunca contra a correnteza
– Se encontrar uma criança perdida na praia, leve à guarita mais próxima

Em qualquer situação:
– Não entre na água se estiver de estômago cheio ou se tiver ingerido bebida alcoólica.

O que fazer ao presenciar um afogamento?

– Ligue para o número 193 e forneça as informações mais precisas possíveis, como local e ponto de referência.
– Se for ajudar, ofereça alguma flutuação, como boia ou corda. A recomendação do Corpo de Bombeiros é não entrar na água para não correr risco de se tornar outra vítima.

E se você estiver se afogando?
Tente manter a calma, flutue e acene por socorro. Não nade contra a correnteza.



Juan Grings

Juan Grings

Repórter de geral na Folha do Mate e produtor na Rádio Terra FM.

Clique Aqui para ver o autor

    

Destaques

Últimas

Exclusivo Assinantes

Template being used: /var/www/html/wp-content/plugins/td-cloud-library/wp_templates/tdb_view_single.php
error: Conteúdo protegido